O maracujá (Passiflora edulis) é um fruto tropical conhecido por seu sabor agridoce e suas propriedades calmantes, amplamente consumido in natura e em sucos. Além de ser uma opção deliciosa e refrescante, o maracujá é rico em compostos bioativos, que oferecem propriedades medicinais, como ações ansiolíticas, antioxidantes e anti-inflamatórias, que contribuem para o bem-estar do organismo.
- Efeito Ansiolítico e Calmante
- Ação Antioxidante e Anti-inflamatória
- Benefícios para o Sono e o Sistema Nervoso
Efeito ansiolítico e calmante
O maracujá é famoso por suas propriedades calmantes, especialmente as folhas, que são usadas na medicina popular para tratar ansiedade e insônia. Os flavonoides e alcaloides presentes na planta, como a passiflorina, atuam no sistema nervoso central, promovendo o relaxamento e diminuindo os níveis de ansiedade. De acordo com um estudo de revisão sobre as propriedades da planta,
“Os extratos de maracujá (Passiflora edulis) são utilizados para o tratamento da ansiedade, insônia e outros distúrbios nervosos, devido à sua capacidade de modular a atividade do sistema nervoso central. A passiflorina e outros alcaloides, como o harmano, são os principais responsáveis por esses efeitos ansiolíticos e sedativos” (PEREIRA et al., 2011).
Ação antioxidante e anti-inflamatória
A polpa e a casca do maracujá são ricas em vitamina C e compostos fenólicos, que lhe conferem um potente efeito antioxidante. Esses fitoquímicos combatem os radicais livres, protegendo as células do corpo contra o estresse oxidativo, o que ajuda a prevenir o envelhecimento precoce e o desenvolvimento de doenças. Sua composição também oferece propriedades anti-inflamatórias. Uma pesquisa sobre o potencial da fruta destacou que:
“O extrato da casca de maracujá, rico em carotenoides e polifenóis, demonstrou uma forte atividade antioxidante. Além disso, a fruta possui compostos que inibem a produção de mediadores inflamatórios, conferindo-lhe um potencial anti-inflamatório relevante para a prevenção de doenças crônicas” (ZAMAMI et al., 2013).

Benefícios para o sono e o sistema nervoso
Além de seu efeito ansiolítico, o maracujá contribui para a melhora da qualidade do sono. As substâncias presentes nas folhas, como os alcaloides e a passiflorina, agem de forma sedativa no cérebro, ajudando a induzir o sono e a prolongar o seu tempo. O maracujá é um aliado natural para quem sofre de distúrbios do sono. Segundo um artigo de revisão sobre a planta e seus benefícios,
“O chá de folhas de maracujá é tradicionalmente usado para tratar a insônia. Estudos farmacológicos indicam que os alcaloides presentes nas folhas atuam como depressores do sistema nervoso central, diminuindo a atividade motora e aumentando o tempo de sono, sem causar dependência” (CARVALHO et al., 2011).
Para aproveitar os benefícios do maracujá, consuma a fruta in natura, beba o suco da polpa ou prepare chás com as folhas secas. A farinha da casca também é uma excelente fonte de fibra. Lembre-se de sempre buscar orientação profissional antes de iniciar qualquer tratamento fitoterápico.
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Uma fruta tropical com grandes poderes de cura
- O maracujá é um potente ansiolítico e calmante natural, graças aos alcaloides e flavonoides, que ajudam a aliviar a ansiedade e o estresse.
- Seus compostos fenólicos oferecem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, protegendo o organismo contra o estresse oxidativo e o envelhecimento celular.
- O consumo do maracujá, especialmente o chá das folhas, contribui para a melhora da qualidade do sono, auxiliando no combate à insônia, conforme demonstrado por pesquisas científicas.
Referências bibliográficas
- PEREIRA, C. A. et al. Propriedades farmacológicas da Passiflora edulis. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 21, n. 4, p. 753-762, 2011.
- ZAMAMI, R. et al. Antioxidant and anti-inflammatory activities of passion fruit (Passiflora edulis) pulp and peel. Food Chemistry, v. 138, n. 2-3, p. 1177-1183, 2013.
- CARVALHO, A. C. B. et al. Passiflora: uma revisão de seus efeitos ansiolíticos e hipnóticos. Revista de Fitoterapia, v. 11, n. 3, p. 175-181, 2011.
- ALONSO, J. R. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario: Corpus, 2004.









