A erva-doce (Pimpinella anisum) é uma das plantas medicinais mais antigas e utilizadas no mundo para o tratamento de distúrbios digestivos. Suas sementes aromáticas concentram óleos essenciais poderosos que atuam diretamente no bem-estar gastrointestinal e no relaxamento muscular.
- Alívio imediato de cólicas abdominais e desconfortos intestinais.
- Redução de gases e inchaço através de sua ação carminativa.
- Estímulo natural para uma digestão eficiente e saudável.
Propriedade antiespasmódica e alívio de cólicas
A erva-doce possui o anetol como seu principal constituinte, substância que relaxa os tecidos musculares do sistema digestivo e reduz contrações involuntárias. Segundo o estudo publicado por Pedro Melillo de Magalhães no livro Agrotecnologia para o Cultivo de Plantas Medicinais,
“O óleo essencial da erva-doce possui ação antiespasmódica comprovada, sendo eficaz no controle de cólicas e dores espasmódicas do trato gastrointestinal” (MAGALHÃES, 2006).
Para obter esse alívio, o modo de uso mais comum é a infusão das sementes secas, que deve ser abafada por cinco minutos para preservar os óleos voláteis antes do consumo.

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Efeito carminativo contra Inchaço e Gases
O acúmulo de gases intestinais pode causar dores agudas e distensão abdominal, sintomas que os princípios ativos da erva-doce ajudam a eliminar rapidamente. De acordo com as diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Formulário de Fitoterápicos,
“A erva-doce é indicada como carminativo para o tratamento de distúrbios digestivos leves, auxiliando na eliminação de gases e reduzindo o inchaço abdominal” (ANVISA, 2021).
O consumo regular do chá de erva-doce após as refeições principais evita a fermentação excessiva dos alimentos, mantendo o abdômen menos inchado e confortável ao longo do dia.
Como plantar erva-doce no seu jardim ou horta
O cultivo da erva-doce exige um local com boa incidência de luz solar e solo bem drenado, preferencialmente rico em matéria orgânica. As sementes podem ser plantadas diretamente no local definitivo, pois a planta possui uma raiz longa que dificulta o transplante de mudas.
Mantenha a rega constante sem encharcar o solo e observe o crescimento das umbelas, que são as flores em formato de guarda-chuva onde as sementes medicinais se formam. A colheita deve ocorrer quando as sementes apresentarem uma coloração verde-acinzentada, garantindo a máxima potência terapêutica.
Se você gosta de plantar, separamos esse vídeo do canal Mundo Verde Horta Orgânica mostrando como plantar erva-doce:
Ação Digestiva e Estímulo Glandular
Além de tratar sintomas, a erva-doce estimula as glândulas digestivas a produzirem enzimas necessárias para a quebra correta das gorduras e proteínas. Conforme detalhado por Lorenzi e Matos na obra Plantas Medicinais no Brasil,
“O uso da erva-doce favorece as funções digestivas ao estimular a secreção salivar e gástrica, facilitando todo o processo de assimilação de nutrientes” (LORENZI; MATOS, 2008).
Essa propriedade torna a planta essencial para pessoas que sofrem de digestão lenta ou sensação de estufamento crônico, agindo como um tônico natural para o estômago.
Equilíbrio digestivo através do uso consciente
A integração da erva-doce no cotidiano oferece uma alternativa segura e validada pela ciência para manter o sistema digestivo funcionando sem intercorrências. O cultivo doméstico permite o acesso a um produto fresco e com alta concentração de compostos bioativos sempre que necessário.

- O uso das sementes de erva-doce é eficaz contra cólicas em diversas faixas etárias.
- Plantar em casa garante a pureza da erva e evita misturas com outras espécies similares.
- As evidências científicas confirmam o anetol como o grande responsável pelos benefícios gastrointestinais.
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Referências Bibliográficas
- ANVISA. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. 2. ed. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2021.
- LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008.
- MAGALHÃES, Pedro Melillo de. Agrotecnologia para o cultivo de plantas medicinais. Campinas: Embrapa, 2006.










