Parar de fumar pode parecer um desafio monumental para muitos, mas compreender os impactos profundos do Tabagismo na saúde, especialmente na pele, pode servir de motivação. O cigarro está repleto de substâncias tóxicas que, quando inaladas, afetam o corpo de várias maneiras, prejudicando não só órgãos internos como os pulmões e o coração, mas também o maior órgão do corpo humano: a pele. A dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, enfatiza que interromper o hábito de fumar pode retardar significativamente o envelhecimento da pele e melhorar de forma geral a saúde cutânea.
O contato contínuo com a fumaça do cigarro pode resultar em complicações variadas. As feridas na pele, por exemplo, apresentam uma recuperação mais lenta e são mais suscetíveis a infecções entre fumantes. Isto ocorre principalmente devido a fatores como vasoconstrição e um aumento na inflamação. Além disso, o Tabagismo está fortemente associado ao aumento de rugas faciais e ao que se conhece como o “rosto de fumante”, caracterizado por linhações marcadas e pele áspera. O efeito é ainda mais pronunciado em mulheres, que, segundo pesquisas, são mais propensas a apresentar esses sinais prematuros de envelhecimento.
Quais são os problemas cutâneos associados ao Tabagismo?
O cigarro não afeta apenas a beleza externa da pele; ele também desempenha um papel crucial no desenvolvimento de várias doenças cutâneas. O carcinoma epidermoide oral é uma dessas doenças, com fumantes apresentando um risco maior de desenvolvimento. Além disso, esse hábito pode causar manchas acinzentadas nas gengivas e bochechas, além de agravar condições como a gengivite. Assim, os efeitos do cigarro estendem-se bem além das simples rugas, afetando diretamente a saúde oral.

A saúde do cabelo e das unhas também não fica imune aos malefícios do tabaco. Fumadores tendem a experimentar condições como queda de cabelo precoce, cabelos grisalhos prematuros e unhas amareladas, fenômenos que estão diretamente vinculados à diminuição do aporte sanguíneo e de nutrientes causado pelo Tabagismo. A circulação prejudicada diminui a oxigenação, essencial para a manutenção de tecidos saudáveis.
Como o cigarro impacta doenças de pele como psoríase e lúpus?
Enfermidades autoimunes, como a psoríase, também são agravadas pelo hábito de fumar. Nessa condição, o corpo ataca as próprias células da pele, levando a escamas espessas e dolorosas. Fumantes têm uma probabilidade maior de desenvolver formas mais severas da doença e apresentam respostas reduzidas aos tratamentos disponíveis. O mesmo ocorre com o lúpus eritematoso sistêmico, onde o cigarro não só agrava os sintomas, mas também diminui a eficácia dos medicamentos, gerando desafios no tratamento da doença.
O que o Tabagismo significa para a saúde cutânea em longo prazo?
A longo prazo, os efeitos do cigarro na pele são devastadores. A doença de Buerger, que causa a redução do fluxo sanguíneo para extremidades e está intrinsecamente ligada ao Tabagismo, destaca a gravidade da situação. Mesmo o eczema ativo nas mãos, intensificado pelo fumo, reforça a necessidade de abandonar o hábito para preservar a integridade da pele. Embora ainda faltem evidências conclusivas que conectem diretamente o Tabagismo a certos tipos de câncer de pele, abandonar o cigarro é uma medida preventiva importante para reduzir riscos gerais de problemas cutâneos.
Portanto, parar de fumar não é simplesmente uma questão de estética ou saúde momentânea, mas uma mudança de vida que beneficia a pele e a saúde de forma geral. A decisão de largar o cigarro pode não ser fácil, mas os benefícios são profundos e diversos, levando a uma melhoria tangível nas condições cutâneas e na qualidade de vida como um todo.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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