A Sucralose é um dos principais adoçantes artificiais disponíveis no mercado, amplamente utilizado na substituição do açúcar convencional em receitas, bebidas e produtos processados. Apesar de sua popularidade entre pessoas que precisam controlar a glicose no sangue, recentes descobertas científicas levantaram preocupações sobre seu uso por pacientes com câncer em tratamento de imunoterapia.
Um estudo recente publicado em 2025 trouxe à tona evidências de que o consumo elevado de Sucralose cralose pode impactar negativamente a resposta de pacientes com câncer a tratamentos de imunoterapia. Os estudos analisaram indivíduos com melanoma e câncer de pulmão de não pequenas células, observando que aqueles que consumiram altas quantidades desse adoçante apresentaram uma resposta menos eficaz ao tratamento e uma sobrevida reduzida em comparação aos que consumiram menores quantias.
Qual é a relação entre Sucralose e imunoterapia?
O impacto da Sucralose no tratamento do câncer está relacionado à sua influência sobre o microbioma intestinal. Pesquisas mostraram que esse adoçante pode alterar a composição das bactérias intestinais, influenciando negativamente os níveis de arginina, um aminoácido vital para o funcionamento das células T do sistema imunológico. As células T são essenciais na identificação e combate de células anormais, incluindo células cancerígenas. Assim, a redução da arginina pode comprometer a eficácia dos medicamentos utilizados na imunoterapia.

Estudos com modelos animais demonstraram que dietas ricas em Sucralose reduziram a eficácia da terapia anti-PD1, resultando em tumores maiores e menor taxa de sobrevivência. Contudo, quando a dieta dos animais foi suplementada com arginina ou citrulina, que aumenta os níveis de arginina, a eficácia da imunoterapia foi restaurada, destacando a importância desses componentes na dieta.
A Sucralose e os desafios em humanos com câncer
No contexto humano, uma pesquisa que envolveu pacientes com melanoma avançado ou câncer de pulmão em tratamento por imunoterapia revelou resultados preocupantes. Os pacientes que consumiam grandes quantidades de adoçantes artificiais, como a Sucralose, apresentaram uma resposta menos eficaz ao tratamento anticâncer. Essas informações foram coletadas através de questionários alimentares que detalhavam o consumo rotineiro de produtos adoçados artificialmente.
As descobertas sugerem que a dieta dos pacientes pode desempenhar um papel crucial na eficácia do tratamento do câncer. Portanto, é fundamental explorar alternativas e estratégias dietéticas que possam apoiar melhor o tratamento sem comprometer aspectos nutricionais e emocionais importantes para os pacientes.
Alternativas e futuras direções na pesquisa
- Suplementação Nutricional: A introdução de suplementos de arginina e citrulina pode ser uma estratégia para mitigar os efeitos prejudiciais da Sucralose na imunoterapia, potencialmente melhorando a resposta ao tratamento.
- Ensaios Clínicos: Ensaios clínicos futuros visam investigar mais profundamente como a citrulina pode afetar o microbioma intestinal e a resposta imune de pacientes com câncer.
- Desenvolvimento de Prebióticos: Pesquisadores estão considerando o desenvolvimento de suplementos prebióticos que podem ajudar a regular o impacto dos adoçantes artificiais no microbioma intestinal.
Essas descobertas sublinham a necessidade de considerações dietéticas cuidadosas para indivíduos em tratamento de câncer, destacando o papel inesperado que a Sucralose pode desempenhar na modulação das respostas ao tratamento. Ajustes dietéticos e novas abordagens nutricionais podem ser fundamentais para aumentar a eficácia dos tratamentos imunológicos, proporcionando aos pacientes melhores perspectivas de saúde.
Entre em contato:
Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271








