A Hipertensão, também chamada de pressão alta, é uma condição médica prevalente em todo o globo, afetando milhões de pessoas de diferentes idades e etnias. Com o passar dos anos, diversas diretrizes e recomendações têm sido revisadas por entidades de saúde, a fim de oferecer diagnósticos e tratamentos mais eficazes e atualizados para essa condição, que é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
No recente Congresso Europeu de Cardiologia de 2024, novas diretrizes foram introduzidas, propondo alterações significativas na categorização da pressão arterial. Essa nova abordagem reflete uma mudança de paradigma na compreensão e tratamento da Hipertensão, com foco na prevenção precoce de complicações cardiovasculares.
Quais são as novas categorizações propostas?
As diretrizes apresentaram uma nova classificação para os níveis de pressão arterial, que agora são divididos em três categorias principais. A pressão considerada ideal ou normal é fixada em “120 por 70 mmHg”, enquanto uma leitura de “120 por 80 mmHg” passa a ser classificada como pressão elevada. Essa nova categorização ajuda a identificar pessoas em risco antes que a Hipertensão se desenvolva completamente.

Essa abordagem contínua, ao invés de um limite fixo, considera que a transição da pressão normal para a hipertensa ocorre gradualmente, permitindo intervenções preventivas mais cedo. Isso inclui mudanças nos hábitos de vida e, quando necessário, tratamento medicamentoso.
Por que é importante monitorar e tratar a pressão elevada?
A manutenção de níveis elevados de pressão arterial sem tratamento pode resultar em diversos problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio, além de derrames cerebrais. Portanto, o reconhecimento precoce de qualquer aumento significativo na pressão arterial é essencial para prevenir tais complicações a longo prazo.
- Insuficiência cardíaca: condição em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo.
- Infarto do miocárdio: conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do coração é bloqueado.
- Acidente Vascular Cerebral (AVC): uma interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, resultando em perda de função cerebral.
Quais mudanças no estilo de vida são recomendadas?
As novas diretrizes enfatizam a importância de modificações no estilo de vida como um pilar no manejo da Hipertensão. Para controlar efetivamente a pressão arterial, recomenda-se uma série de práticas saudáveis.
- Adotar uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, enquanto reduz o consumo de sódio e alimentos processados.
- Engajar-se em exercícios físicos regulares, que auxiliam na manutenção de um peso saudável e reforçam a saúde cardiovascular.
- Evitar o uso do tabaco e limitar a ingestão de álcool, que são fatores de risco conhecidos para a Hipertensão.
- Reduzir o estresse por meio de técnicas de relaxamento e meditação.
Como as diretrizes orientam o tratamento personalizado?
O tratamento da Hipertensão, de acordo com as orientações atuais, é adaptado ao indivíduo, levando em consideração seus níveis de pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares coexistentes. Para aqueles com pressão elevada, o foco está na estratificação do risco cardiovascular para direcionar o tratamento apropriado. Já pacientes hipertensos podem exigir intervenção medicamentosa acompanhada de mudanças no estilo de vida.
A precisão na medição da pressão arterial, seja em ambiente clínico ou domiciliar, é ressaltada nas novas diretrizes. Essa prática garante o diagnóstico e acompanhamento eficazes, utilizando técnicas padronizadas para obter leituras confiáveis.
Em suma, apesar dessas novas diretrizes, o papel do profissional de saúde permanece crucial para a condução adequada do tratamento, oferecendo uma abordagem centrada no paciente e assegurando que qualquer estratégia terapêutica seja avaliada conforme o estado de saúde individual.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271










