Por Dra. Ana Paula Horovitz, Ginecologista.
A Incontinência Urinária Feminina é uma condição que afeta cerca de 27% das mulheres acima de 30 anos no mundo todo. Apesar da sua alta prevalência, muitas mulheres ainda não falam sobre o problema devido ao constrangimento que ele provoca. Entender que é uma situação comum e que existem tratamentos eficazes é crucial para que as mulheres busquem a atenção médica necessária.
As causas da Incontinência Urinária podem ser diversas. Entre os fatores de risco mais evidentes estão as alterações hormonais, a gestação e o parto, que tornam essa condição mais frequente nas mulheres do que nos homens. Além destas, há outras causas comuns como a obesidade, o envelhecimento, problemas neurológicos e a constipação crônica. É essencial destacar a relação estreita entre a musculatura do assoalho pélvico e a Incontinência Urinária feminina. Durante a gravidez, essa musculatura sofre uma sobrecarga significativa, que pode resultar em danos, principalmente decorrentes do parto vaginal.
Como é feito o diagnóstico da Incontinência Urinária Feminina?
O diagnóstico daIncontinência Urinária feminina requer uma avaliação clínica detalhada e cuidadosa. Normalmente, começa com a paciente relatando sintomas como a vontade súbita de urinar e a perda de urina involuntária antes de chegar ao banheiro ou aos esforços. Os médicos coletam um histórico médico detalhado e, se necessário, realizam exames específicos que podem identificar a causa exata do problema.
Quais os tratamentos disponíveis para a Incontinência Urinária?
O tratamento para a Incontinência Urinária costuma ser multidisciplinar. Para a Incontinência Urinária de urgência, uma das principais recomendações é a fisioterapia do assoalho pélvico, além de mudanças comportamentais, como urinar regularmente a cada duas ou três horas e evitar alimentos condimentados. Medicamentos para acalmar a bexiga também podem ser prescritos por uroginecologistas quando necessário.

No caso da Incontinência Urinária de esforço, a fisioterapia também desempenha um papel fundamental. Se os tratamentos conservadores não forem eficazes, a cirurgia de sling pode ser indicada, em que se coloca uma tela para impedir a perda involuntária de urina. As terapias com laser ginecológico têm se mostrado eficazes, principalmente para mulheres na menopausa.
Quais medidas podem prevenir a Incontinência Urinária?
Alguns hábitos podem aumentar a probabilidade de desenvolver Incontinência Urinária. Portanto, prevenir a obesidade e evitar o tabagismo podem ser estratégias úteis para reduzir o risco. A prática regular de exercícios de contração do assoalho pélvico, conhecidos como exercícios de Kegel, também pode ajudar a fortalecer a região e diminuir a incidência de perdas urinárias.
Infelizmente, não há remédios caseiros comprovadamente eficazes para resolver aIncontinência Urinária. Contudo, a redução do consumo de bebidas irritantes, como café e álcool, bem como alimentos ácidos e apimentados, é aconselhável. Manter uma dieta rica em fibras auxilia na prevenção da constipação, que pode agravar o quadro.
Qual a importância do acompanhamento médico?
Mulheres que sofrem de Incontinência Urinária devem buscar acompanhamento médico especializado. O uroginecologista é o profissional indicado para avaliar a condição e propor o tratamento mais adequado. A busca por ajuda especializada é vital para o diagnóstico preciso e para a implementação de um plano de tratamento eficaz, possibilitando uma melhoria significativa na qualidade de vida das pacientes.








