O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que impacta o cotidiano dos indivíduos acometidos e sua capacidade cognitiva. Desde a sua identificação, a doença é considerada uma das principais causas de demência no mundo, afetando especialmente a população idosa. Conforme a condição avança, a capacidade de memória, julgamento e tomada de decisões dos pacientes se deteriora gradualmente. Diferentes fatores influenciam o ritmo e a severidade do avanço dos sintomas, incluindo o tipo de atividades realizadas, o suporte social e emocional recebido e as condições de saúde pré-existentes.
O diagnóstico precoce do Alzheimer é essencial para a manutenção da qualidade de vida dos pacientes. Graças aos avanços tecnológicos em biomarcadores e exames de imagem, é possível detectar a doença nas fases iniciais, conhecidas como Comprometimento Cognitivo Leve amnéstico. Durante essa fase, os pacientes podem apresentar alterações de memória e atenção, embora suas funções cognitivas globais ainda estejam preservadas. Detectar essas mudanças cedo permite que se inicie o tratamento e a estimulação cognitiva, retardando o comprometimento mais severo da doença.
Quais são as fases da progressão do Alzheimer?
A progressão do Alzheimer ocorre de maneira gradual, dividindo-se em fases distintas. Inicialmente, os pacientes conseguem manter suas atividades diárias com autonomia, mas à medida que a doença evolui, a cognição é significativamente impactada. Nas fases leves, muitas vezes, é possível que a pessoa mantenha um nível considerável de produtividade, apesar das adaptações necessárias no ritmo e na concentração exigida pelas tarefas do dia a dia.
No estágio moderado, os desafios começam a ser mais evidentes, com um impacto funcional nas tarefas diárias. Atividades que exigem planejamento e responsabilidade, como o gerenciamento financeiro e a tomada de decisões, tornam-se cada vez mais difíceis. Nessa fase, orientam-se alterações na rotina de trabalho do paciente para mitigar riscos e preservar sua dignidade.

Como cuidar da cognição após o diagnóstico?
Manter a saúde cognitiva após o diagnóstico de Alzheimer envolve mudanças significativas no estilo de vida. A adoção de uma rotina que inclua estímulos variados é fundamental. Isso pode incluir atividades cognitivas, como jogos mentais, leitura e aprendizado de novas habilidades, além de exercícios físicos regulares e interação social frequente. O controle dos fatores de risco cardiovascular e metabólicos, como hipertensão e diabetes, também se mostra essencial para reduzir o impacto da doença.
Dependendo do nível do progresso da doença, é possível que os pacientes continuem a trabalhar, desde que o ambiente seja ajustado para suportar suas capacidades atuais. Essa prática de manter o engajamento profissional pode ser muito benéfica, pois preserva a identidade e o senso de propósito dos indivíduos, proporcionado um ambiente de acolhimento.
Quais são as abordagens para mitigar o avanço do Alzheimer?
Além das modificações no estilo de vida, tratamentos farmacológicos podem oferecer suporte no controle dos sintomas do Alzheimer. Embora não haja cura definitiva, os medicamentos atuais ajudam a estabilizar temporariamente as condições cognitivas e, em alguns casos, a melhorar sintomas específicos, como a agitação e a depressão associadas à doença. O papel da família e dos cuidadores também é crucial, fornecendo apoio e cuidado ao paciente.
A abordagem mais eficaz envolve uma combinação de tratamentos médicos e suporte psicossocial. A estimulação mental contínua, associada a um suporte emocional sólido e a manutenção de hábitos saudáveis, traz resultados significativos na preservação da cognição e na melhoria da qualidade de vida, mesmo após o diagnóstico de Alzheimer.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271










