A manutenção de uma alimentação saudável tem sido cada vez mais associada à prevenção de doenças crônicas, incluindo condições neurodegenerativas como a demência. Recentemente, um estudo realizado pela Universidade Yonsei, na Coreia do Sul, evidenciou que seguir Dietas balanceadas pode reduzir o risco de demência em até 28%. Esta pesquisa baseou-se na análise de mais de 131 mil indivíduos ao longo de 13 anos para investigar o impacto de diferentes padrões alimentares sobre a saúde cerebral.
Dentre as Dietas avaliadas, destacam-se a mediterrânea, MIND, RFS e AHEI, cada uma com suas particularidades, mas todas focadas em alimentos como grãos integrais, vegetais frescos, frutas, peixes e nozes. A carne vermelha, frituras e laticínios, por outro lado, são consumidos com moderação ou evitados por completo. Os pesquisadores concluíram que essas Dietas têm um potencial significativo para proteger o cérebro de processos inflamatórios que podem levar à demência.
Qual é o impacto das Dietas mediterrânea e MIND na saúde cerebral?
A dieta mediterrânea é conhecida por sua ênfase no consumo de alimentos frescos e saudáveis, inspirados na culinária dos países banhados pelo Mar Mediterrâneo. Caracteriza-se pela ingestão abundante de azeite de oliva, peixes, legumes, frutas e grãos integrais. Estudos anteriores já mostraram que este padrão alimentar pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, e agora, também é visto como uma forma eficaz de diminuir o risco de demência.

Já a dieta MIND, que combina aspectos das Dietas mediterrânea e Dash, foi desenvolvida especificamente para melhorar a saúde cerebral. Ela prioriza o consumo de folhas verdes escuras, grãos integrais e fontes de ômega-3, ao mesmo tempo que limita alimentos prejudiciais ao cérebro. De acordo com os dados da universidade, ela apresentou uma eficácia significativa na redução do risco de declínio cognitivo.
Como o estudo foi conduzido?
A investigação utilizou dados do UK Biobank, uma robusta base de dados de saúde. Os participantes, com idades entre 40 e 69 anos, não tinham diagnóstico de demência no início da pesquisa. Durante o período de 13,5 anos, mais de mil casos da doença foram registrados, permitindo aos pesquisadores estabelecer correlações entre os padrões alimentares e a incidência de demência. A dieta RFS, que baseia-se na recomendação de alimentos saudáveis, mostrou o maior impacto, com uma redução de risco de 28%, enquanto outros padrões, embora menos expressivos, também apresentaram efeitos protetores.
Quais são as recomendações práticas para adotar essas Dietas?
As conclusões do estudo destacam a importância de incorporar hábitos alimentares saudáveis como uma estratégia de prevenção. Comer alimentos naturais como vegetais e frutas, limitar o consumo de carnes vermelhas e produtos processados, e aumentar a ingestão de gorduras saudáveis e peixes são algumas das recomendações práticas. Essas estratégias não apenas diminuem o risco de demência, mas também reduzem a inflamação no organismo, um fator conhecido por contribuir para várias doenças crônicas.
Como essas Dietas se comparam a outras abordagens alimentares?
Além das Dietas já mencionadas, outras abordagens populares como a dieta Dash, Flexitariana e TLC também mostram benefícios significativos na promoção da saúde geral e na prevenção de diferentes condições de saúde. A dieta Dash, por exemplo, foca na redução do sódio e no aumento do consumo de alimentos ricos em minerais essenciais. A Flexitariana promove uma alimentação principalmente baseada em vegetais, enquanto a dieta TLC visa reduzir o colesterol.
Essas abordagens oferecem diferentes caminhos para uma alimentação saudável, e o estudo da Universidade Yonsei oferece mais evidências do valor de cada uma na promoção do bem-estar, especialmente em relação à saúde cerebral. Seguir uma alimentação cuidadosa não só melhora a qualidade de vida, mas também oferece uma defesa adicional contra o avanço de doenças neurodegenerativas.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271










