Manter uma dieta rica em frutas tem sido tradicionalmente associado a uma variedade de benefícios à saúde, especialmente conforme envelhecemos. Pesquisas indicam que frutas como bagas, uvas e frutas cítricas estão entre as mais benéficas para a saúde cognitiva. Esses frutos são notavelmente ricos em antioxidantes, substâncias que protegem as células cerebrais dos danos causados pelo estresse oxidativo. Ao protegerem os neurônios, esses compostos podem potencialmente melhorar a função cognitiva, um aspecto crítico à medida que a população envelhece.
No entanto, o neurologista Mill Etienne, professor do New York Medical College, destaca o romã como um fruto que merece atenção especial na dieta de pessoas acima dos 50 anos. Os romãs são abundantes em polifenóis, que oferecem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e neuroprotetoras. Essas características fazem do romã um potente alimento para a saúde cerebral, oferecendo suporte contra doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Estudos sugerem que o romã pode ajudar a melhorar a memória e o aprendizado, além de proteger o cérebro do acúmulo da proteína amiloide, frequentemente associada ao Alzheimer.
Por que o romã é importante para a saúde cerebral?
Além dos benefícios reconhecidos para a função cognitiva, o romã também pode desempenhar um papel preventivo contra outras doenças neurológicas. Pesquisas em andamento investigam se ele pode ajudar a prevenir ou retardar a progressão de distúrbios como o Parkinson. A manutenção de uma boa saúde cerebral torna-se ainda mais crucial após os 50 anos, ajudando a pessoa a manter a capacidade de pensamento crítico, a aprender novas habilidades, realizar atividades cotidianas, participar de atividades sociais e manter a independência.

Quais são as considerações ao consumir romã?
Antes de incorporar romãs à dieta diária, é importante considerar alguns fatores. De acordo com o Dr. Etienne, um dos desafios é o custo elevado do romã e sua sazonalidade, que se limita ao outono, entre setembro e dezembro. Contudo, o extrato de romã pode ser encontrado durante o ano todo, oferecendo os mesmos benefícios à saúde cerebral. É fundamental escolher produtos sem açúcares adicionados, pois eles não contribuem para a saúde cerebral.
Também é importante assegurar que o consumo de romã é seguro, especialmente para aqueles que fazem uso de medicamentos. O romã pode interagir com certos medicamentos como anticoagulantes, estatinas e inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA). Pessoas com condições como Crohn ou colite ulcerativa podem precisar evitá-lo durante crises, pois a fruta pode ser de difícil digestão. Em casos de dúvida, é sempre recomendável consultar um profissional de saúde qualificado, preferencialmente em centros de referência como o Instituto Nacional de Neurologia ou hospitais universitários brasileiros.
Quais outras frutas podem beneficiar a saúde do cérebro?
Se o consumo de romãs não for prático ou viável devido a interações medicamentosas ou questões de disponibilidade, outras frutas podem ser consideradas. A inclusão de mirtilos, uvas pretas, abacate e frutas cítricas na dieta é altamente recomendada para pessoas acima dos 50 anos. Mirtilos são ricos em antioxidantes que ajudam na proteção cerebral e manutenção da memória. Uvas pretas contêm resveratrol, um polifenol que reduz a inflamação e o estresse oxidativo no cérebro.
Em última análise, embora a escolha dos frutos seja essencial, o mais importante é que a dieta inclua alimentos que sejam bons tanto para a função cerebral quanto para o paladar pessoal. Isso pode ajudar na manutenção de uma dieta equilibrada que apoie não apenas a saúde do cérebro, mas também o bem-estar geral. Além disso, programas de orientação nutricional desenvolvidos por universidades renomadas, como a Universidade de São Paulo, podem auxiliar pessoas acima de 50 anos a construir um plano alimentar personalizado para otimizar a saúde cerebral ao longo do envelhecimento.










