Originária da região mediterrânea, a Rúcula, cientificamente conhecida como Eruca sativa, destaca-se por suas propriedades nutricionais e potenciais benefícios terapêuticos. Estudos recentes têm ressaltado a importância dos compostos bioativos presentes nessa planta, como glucosinolatos e flavonoides, devido aos seus efeitos promissores em várias áreas da saúde humana. Seja para a promoção da digestão, devido às suas fibras e enzimas, ou por suas funções antioxidantes e anti-inflamatórias, a Rúcula vem sendo reconhecida como uma aliada importante no combate a doenças crônicas e na manutenção da saúde geral.
Os glucosinolatos presentes na Rúcula são conhecidos por suas ações na modulação de processos inflamatórios. Eles desempenham um papel na inibição de mediadores como as citocinas, importantes componentes das respostas inflamatórias do corpo, auxiliando na manutenção do equilíbrio imunológico. Este efeito pode ser particularmente útil em indivíduos que sofrem de inflamações crônicas, proporcionando uma opção mais natural para o alívio de tais condições. Um estudo realizado por Borges e colaboradores em 2017 destacou a associação entre o consumo regular de folhas de Rúcula e a redução dos marcadores inflamatórios no sangue, confirmando sua eficácia em quadros inflamatórios persistentes.
Como a Rúcula pode fortalecer o sistema imunológico?

A Rúcula é rica em vitamina C, carotenóides e isotiocianatos, compostos que são essenciais no fortalecimento das defesas naturais do organismo. Esses fitonutrientes desempenham um papel crucial na neutralização dos radicais livres, prevenindo o dano oxidativo em células e tecidos, um mecanismo associado à prevenção de doenças crônicas como câncer e doenças cardíacas. Além disso, segundo Rahman e Hodge, a atividade antioxidante da Rúcula é elevada devido à presença de flavonoides e outros fitoquímicos, demonstrando eficácia na redução do estresse oxidativo, que é frequentemente associado ao envelhecimento precoce e a várias doenças.
Qual é o papel da Rúcula na saúde hepática?
Além das suas funções antioxidantes, a Rúcula também mostra* promissoras em termos de proteção hepática. Os glucosinolatos, ao serem convertidos em isotiocianatos no organismo, auxiliam na defesa dos hepatócitos, as células funcionais do fígado, contra toxinas e favorecem a eliminação de resíduos metabólicos. Essa ação é essencial para prevenir condições como a esteatose hepática, comumente conhecida como “fígado gordo”, e outras lesões hepáticas induzidas por agentes externos. Pesquisas em farmacognosia, como as relatadas por Matos em 2009, demonstraram que o extrato de rúcula possui ações hepatoprotetoras significativas, contribuindo para atenuar danos ao fígado e melhorar marcadores bioquímicos em estudos laboratoriais.
De que maneiras a Rúcula pode ser consumida na dieta diária?
A inclusão da Rúcula na dieta pode ser feita de maneira simples e versátil. Ela pode ser consumida crua, o que preserva seus compostos bioativos, em saladas, sucos verdes ou como parte de refogados e molhos. Para aqueles que apreciam o sabor picante e levemente amargo desta verdura, a Rúcula se torna um ingrediente valioso, enriquecendo nutricionalmente as refeições. Entretanto, é importante notar que algumas pessoas podem apresentar sensibilidade a vegetais crucíferos e, assim, deveriam moderar sua ingestão sob orientação profissional. A capacidade de integrar-se a diversas receitas torna a Rúcula não apenas uma opção saudável, mas também prática para incorporar à alimentação cotidiana.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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