A regra 8-8-8 é uma filosofia de gestão de tempo que divide o dia em três partes iguais (trabalho, sono e lazer). Ela é uma ferramenta poderosa contra a cultura do “sempre online”, forçando um equilíbrio intencional para prevenir o esgotamento mental.
O que é exatamente o método 8-8-8?
O conceito é simples: o dia tem 24 horas, que devem ser divididas em 8 horas para o trabalho, 8 horas para o sono e 8 horas para a vida pessoal (lazer, família, autocuidado).
O objetivo é tratar o sono e o lazer com a mesma importância do trabalho, em vez de vê-los como “sobras” de tempo, o que é a causa raiz do desequilíbrio e da exaustão.
No vídeo a seguir, a terapeuta Adri Reggo explica como funciona a regra 8-8-8 em detalhes:
Por que essa divisão é tão eficaz contra o burnout?
O burnout, reconhecido pela OMS, é o resultado do estresse crônico. Viver em modo “luta ou fuga” (sistema simpático) sem recuperação esgota os recursos mentais.
O método 8-8-8 força a ativação do “modo de descanso” (parassimpático). Ao agendar 8 horas de sono (reparo) e 8 horas de lazer (restauração), o corpo reduz o cortisol e previne a exaustão.
Qual o papel das “8 horas de vida pessoal”?
Este bloco é o antídoto ativo para o estresse do trabalho. Ele é dedicado ao “descanso ativo”, socialização e atividades que geram prazer e propósito, reabastecendo a energia mental.
É o tempo para hobbies, exercícios, conexões familiares, ou simplesmente ócio (não fazer nada intencionalmente), o que é vital para a criatividade e o bem-estar.
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Como o sono (as 8 horas de descanso) impacta o estresse?
O sono não é negociável. É durante o sono profundo que o cérebro processa emoções, consolida memórias e limpa toxinas (NIH).
Negligenciar este bloco (ex: trabalhando até tarde ou rolando o feed) desregula o humor e aumenta o cortisol no dia seguinte, tornando o cérebro mais reativo ao estresse.
Como posso começar a aplicar este método na prática?
A aplicação exige limites rigorosos, especialmente para proteger o bloco de 8 horas pessoais. O primeiro passo é fazer uma auditoria de tempo para ver onde as horas estão “vazando” (ex: redes sociais, multitarefa).
Para implementar a regra, é crucial ser intencional sobre como o tempo de lazer é gasto, garantindo que ele seja verdadeiramente restaurador e não apenas mais uma fonte de “ruído” digital:
- Defina horários de “desconexão” (ex: parar de checar e-mails de trabalho às 18h).
- Agende o lazer como um compromisso (ex: “terça-feira é dia de academia”).
- Proteja o sono (tenha uma rotina noturna fixa para garantir as 8h).
- Seja flexível, não rígido: O objetivo é o equilíbrio médio, não a perfeição diária.

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O “bloco” de 8 horas que funciona como o antídoto do burnout
O método 8-8-8 é claro: o trabalho tem 8 horas e o sono tem 8 horas. Mas o “antídoto” real para o esgotamento (burnout) está no terceiro bloco, que é o mais negligenciado: as 8 horas de vida pessoal.
Frequentemente, tratamos esse tempo como “sobras”, mas a regra o define como não negociável. Por quê? Porque é neste bloco que você ativamente combate o estresse do trabalho (cortisol) e reabastece sua energia mental, ativando o sistema nervoso parassimpático (o modo “descansar e digerir”).
O que são as 8 horas “pessoais”?
Não é apenas tempo para “não fazer nada” (embora o ócio seja importante). É o tempo dedicado a reabastecer seus recursos mentais e emocionais:
- Descanso ativo: Hobbies, exercícios, jardinagem (atividades que geram “fluxo” e desligam a mente das preocupações).
- Conexão social: Tempo real com família e amigos (que libera oxitocina, o antídoto natural do cortisol).
- Autocuidado: Tempo para ler, meditar ou simplesmente ficar ocioso, permitindo que o cérebro “desligue” do modo de alerta.
Proteger este bloco é o que impede que o “modo trabalho” consuma 100% da sua mente e cause o esgotamento.










