A Ervilha-Borboleta, cientificamente conhecida como Clitoria ternatea, tem ganhado popularidade nos jardins e cozinhas do Brasil. Esta planta é originária das regiões tropicais da Ásia e encontrou um ambiente favorável em solos brasileiros, tornando-se um elemento versátil tanto na gastronomia quanto no paisagismo. As suas flores de um tom azul-vivo são uma de suas características mais marcantes, destacando-se pela cor vibrante e pelas diversas possibilidades de utilização.
Na culinária, a Ervilha-Borboleta ganha notoriedade pela sua capacidade única de mudar de cor em chás quando combinada com substâncias ácidas, como o suco de limão, que transforma o azul em um roxo impressionante. Essa transformação visual tem conquistado espaço não apenas nas redes sociais, mas também na cozinha criativa. Assim, ela é frequentemente utilizada em bebidas, sobremesas e apresentações gastronômicas que buscam surpreender visualmente os consumidores.
O que faz da Ervilha-Borboleta uma planta intrigante?
A Ervilha-Borboleta é uma leguminosa perene em regiões de clima quente, desenvolvendo-se melhor quando cultivada sob sol pleno e em solos bem drenados. As flores, além de sua cor azul-escuro que ocasionalmente apresenta nuances de branco, são ricas em antocianinas. Esses pigmentos são responsáveis pela cor intensa e pelo fenômeno da mudança de coloração em contato com ácidos. Devido a essas peculiaridades, a planta é considerada uma PANC (planta alimentícia não convencional), já que, apesar de comestível, ainda não é amplamente integrada nos cardápios tradicionais.
Como a Ervilha-Borboleta é incorporada na gastronomia?
Na culinária, as flores da Ervilha-Borboleta são amplamente utilizadas para preparar um chá azul que, ao ser combinado com frutas ácidas, exibe uma transformação fascinante de cor, passando do azul para tons de roxo ou rosa. Além de bebidas, essas flores são empregadas como corante natural em uma variedade de preparações, como arroz, massas, e sobremesas, proporcionando uma aparência única sem alterar significativamente o paladar dos pratos.
- Chás e infusões que mudam de azul para roxo com a adição de limão;
- Bebidas geladas e coquetéis não alcoólicos com um toque visual;
- Arroz e massas tingidos para pratos especiais;
- Decoração de sobremesas e saladas com flores frescas.

Como cultivar a Ervilha-Borboleta em casa?
Para os entusiastas do cultivo caseiro, a Ervilha-Borboleta é relativamente fácil de cuidar se houver algum conhecimento prévio sobre plantas tropicais. Ela prefere locais ensolarados e solos leves, férteis e bem drenados, enriquecidos com matéria orgânica. A planta pode ser cultivada em vasos ou jardineiras, desde que se ofereça suporte para que ela possa crescer verticalmente, como cercas, grades ou treliças.
- Escolher um local bem iluminado e protegido de ventos fortes;
- Preparar o solo adequadamente com drenagem eficiente;
- Semeadura direta ou transplante em local definitivo;
- Manter a umidade constante do solo, evitando encharcamento;
- Fornecer suporte para o crescimento da trepadeira.
Por que a Ervilha-Borboleta é classificada como PANC e ornamental?
A classificação da Ervilha-Borboleta como PANC se deve ao fato de ela não ser tradicionalmente utilizada na alimentação convencional, embora seja segura e comestível se usada corretamente. Seu status de planta ornamental é reforçado pelas flores de grande apelo visual, tornando-se uma escolha popular para cobrir estruturas em jardins e atrair polinizadores, criando harmonias coloridas com outras espécies de plantas.
O potencial culinário, aliado ao seu fator ornamental, faz da Ervilha-Borboleta uma opção única no universo das plantas tropicais cultivadas no Brasil, especialmente em 2025. Seja como elemento decorativo, ingrediente culinário ou objeto de curiosidade científica, esta planta destaca-se como uma combinação de beleza e funcionalidade.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271









