As plantas medicinais são aliadas poderosas para tratar distúrbios comuns como insônia, estresse e má digestão, oferecendo uma alternativa natural para restaurar o equilíbrio do corpo. Especialistas destacam seis ervas específicas que atuam diretamente no sistema nervoso e no trato gastrointestinal, proporcionando alívio com menos efeitos colaterais que medicamentos sintéticos.
Valeriana e Passiflora induzem o sono profundo?
A Valeriana é uma das ervas mais estudadas para o tratamento da insônia crônica. Seus compostos atuam inibindo a quebra do GABA no cérebro, o que resulta em um efeito sedativo que ajuda a reduzir o tempo necessário para adormecer e melhora a qualidade do descanso.
A Passiflora (flor do maracujá) funciona em sinergia com a valeriana ou isoladamente para tratar a ansiedade noturna. Ela acalma a mente hiperativa sem causar a “ressaca” matinal comum em sedativos químicos, sendo ideal para quem acorda várias vezes durante a noite.

A Camomila serve apenas para acalmar?
Embora famosa pelo efeito relaxante suave, a Camomila é uma potência digestiva. O flavonoide apigenina não apenas induz o sono, mas também possui propriedades antiespasmódicas que relaxam os músculos do estômago e intestino.
Isso a torna a escolha perfeita para a “indigestão nervosa”, aquele desconforto gástrico causado por estresse ou ansiedade. O NIH (EUA) confirma que a camomila é eficaz tanto para reduzir a inflamação digestiva quanto para promover a calma mental.

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Como a Melissa e a Lavanda reduzem o estresse?
A Melissa (Erva-cidreira) é conhecida por sua capacidade de elevar o humor e reduzir o cortisol. Ela atua no sistema límbico para aliviar a tensão nervosa e, simultaneamente, acalma espasmos digestivos, sendo excelente para quem “sente” o estresse na barriga.
A Lavanda, seja em chá ou aromaterapia, é clinicamente comprovada para reduzir a ansiedade aguda. Estudos mostram que seus compostos voláteis interagem com neurotransmissores para estabilizar o humor rapidamente, funcionando como um ansiolítico natural em momentos de tensão.

A Hortelã-pimenta é a melhor para a digestão?
Para sintomas puramente digestivos, a Hortelã-pimenta é imbatível. O mentol presente na planta relaxa o trato intestinal, permitindo a liberação de gases presos e aliviando a dor do inchaço e da Síndrome do Intestino Irritável (SII).
Diferente das outras ervas calmantes, a hortelã foca na motilidade e no alívio da dor física. O NCCIH (EUA) destaca que o óleo de hortelã é uma das intervenções naturais mais eficazes para cólicas e desconforto abdominal.

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Quais são as 6 plantas essenciais para ter em casa?
Ter um kit natural em casa permite tratar esses sintomas assim que eles aparecem. A combinação dessas ervas cobre as principais queixas da vida moderna: sono, nervosismo e digestão.
Para montar sua farmácia natural, foque nestas seis opções versáteis:
- Valeriana: Para insônia severa e relaxamento muscular profundo.
- Passiflora: Para ansiedade, agitação mental e manutenção do sono.
- Camomila: O “coringa” para digestão, cólicas e relaxamento suave.
- Melissa (Cidreira): Para estresse, humor e gases.
- Lavanda: Para ansiedade aguda, dores de cabeça e calma.
- Hortelã-pimenta: Para inchaço, gases e digestão pesada.
Quem busca aliviar o estresse e a ansiedade de forma natural, vai curtir esse vídeo especialmente selecionado do canal Saúde da Mente, que conta com mais de 3,4 milhões de visualizações, onde o psiquiatra Dr. Marco Antônio Abud mostra detalhadamente os 5 melhores chás com comprovação científica para relaxar e acalmar a mente:
Como preparar o chá sem perder o efeito medicinal?
Ter as ervas certas é apenas metade do caminho, pois o modo de preparo define se você vai beber um remédio potente ou apenas água quente saborizada. O erro mais comum e prejudicial é ferver as folhas delicadas junto com a água, o que acaba evaporando e destruindo os óleos essenciais voláteis responsáveis pela ação terapêutica de plantas aromáticas como a Camomila, a Melissa e a Hortelã.
Para garantir a potência real, o método correto para folhas e flores é sempre a infusão, onde a água fervente é despejada sobre a erva já na xícara, enquanto raízes duras como a Valeriana exigem alguns minutos de fervura no fogo para liberar seus ativos sedativos. Além disso, o segredo vital para qualquer preparação é manter a xícara totalmente abafada com um pires durante dez minutos, impedindo que os princípios ativos escapem junto com a fumaça e garantindo que o vapor condensado retorne para a bebida.








