Atualmente, o Alzheimer afeta mais de um milhão de brasileiros, com novos casos crescendo a cada ano. Conhecida pela deterioração progressiva das funções cognitivas, a doença altera significativamente a rotina dos pacientes. Nos estágios iniciais, pequenos esquecimentos podem parecer normais, mas, com o tempo, tornam-se mais frequentes e prejudiciais à autonomia. Atividades diárias como recordar compromissos, lidar com dinheiro ou se orientar em espaços familiares são alguns dos desafios enfrentados.
A identificação precoce dos sinais de Alzheimer é crucial. Pequenos lapsos de memória evoluem para dificuldades mais complexas, como o planejamento de tarefas simples e a tomada de decisões. À medida que a doença avança, atividades básicas, como se vestir ou se alimentar, exigem assistência constante. As dificuldades emocionais, como ansiedade e irritabilidade, também impactam o paciente e a família.
Quais são os principais fatores de risco para o Alzheimer?
Embora não haja uma causa única para o Alzheimer, diversos fatores aumentam suas chances de desenvolvimento. A idade é um dos principais, especialmente em indivíduos acima de 65 anos. Além disso, questões genéticas, como a presença do gene APOE ε4, contribuem para o risco. As condições de saúde, como hipertensão, diabetes e obesidade, também desempenham um papel significativo. De forma paralela, o estilo de vida, incluindo o sedentarismo, má alimentação, tabagismo e isolamento social, pode influenciar substancialmente o surgimento da doença.
Importa lembrar que a saúde mental também está entre os fatores de risco. Doenças como depressão e perda auditiva foram associadas a um aumento na probabilidade de desenvolvimento do Alzheimer. Dessa forma, o acompanhamento médico periódico e a manutenção de um estilo de vida saudável são estratégias fundamentais para minimizar riscos.
Como manter a qualidade de vida com Alzheimer?
Viver com Alzheimer exige um cuidado que transcende o uso de medicamentos. Intervenções não farmacológicas, como a estimulação cognitiva e a terapia psicológica, são partes essenciais do tratamento. Exercícios específicos para a memória e as funções executivas ajudam a manter a autonomia do paciente. A adoção de hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e atividades físicas regulares, melhora a qualidade de vida e pode retardar o avanço dos sintomas.

A psicoeducação desempenha um papel fundamental no apoio aos cuidadores, proporcionando informações claras sobre a evolução e os desafios da doença. Assim, familiares e profissionais de saúde podem adaptar o ambiente para maior segurança e comunicação efetiva com o paciente, promovendo um cuidado mais empático e eficaz.
Quais medidas podem reduzir o risco de Alzheimer?
Embora não haja tratamentos preventivos definitivos para o Alzheimer, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco ou retardar seu aparecimento. A atividade física regular e a alimentação balanceada, como a dieta mediterrânea rica em frutas, verduras e peixe, são estratégias comprovadas. Controlar doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, também é crucial.
Manter-se mentalmente ativo, cultivando relações sociais e garantindo uma boa qualidade do sono, contribui para a formação de uma reserva cognitiva. Essas ações são essenciais para compensar possíveis danos cerebrais e retardar o aparecimento dos sintomas da doença.
Qual a importância do apoio e da pesquisa no combate ao Alzheimer?
Além do suporte familiar, os grupos de apoio desempenham um papel vital, fornecendo resiliência e promovendo o autocuidado entre os cuidadores. Esses grupos ajudam a prevenir o esgotamento físico e emocional, comum entre aqueles que acompanham pacientes com Alzheimer.
A pesquisa também é uma aliada fundamental na luta contra o Alzheimer. Investigações científicas contínuas buscam entender melhor a fisiopatologia da doença e desenvolver intervenções mais eficazes. O aumento do conhecimento sobre os fatores genéticos e ambientais permitirá, num futuro próximo, abordagens personalizadas que melhorem o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271









