A relação entre alimentação e saúde é um campo cada vez mais explorado pela ciência, especialmente no que se refere à força muscular e à saúde das articulações. Nesse contexto, os alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados, embutidos e fast-food, têm sido amplamente estudados. Pesquisas recentes sugerem que o consumo frequente desses produtos pode estar associado à perda de força muscular e a um risco aumentado de problemas articulares, particularmente em pessoas de meia-idade e idosos.
Estudos apontam que, ao ingerir uma quantidade maior de ultraprocessados, há um impacto negativo na capacidade de realizar atividades cotidianas, tornando mais difíceis tarefas como carregar objetos, subir escadas e até mesmo caminhar. Essa diminuição da força muscular está ligada a uma ingestão inadequada de nutrientes essenciais e a um estado de inflamação crônica no organismo.
Qual o Impacto nutricional e a fragilidade?
Uma pesquisa revelou que pequenos aumentos no consumo de ultraprocessados podem elevar o risco de fragilidade em até 3%. Isso ocorre, principalmente, pela menor absorção de nutrientes cruciais, como proteínas de alta qualidade, vitaminas e minerais, presentes em menor quantidade nesses alimentos. Além disso, a ingestão excessiva desses produtos pode induzir um estado de inflamação contínua no corpo, prejudicando ainda mais a saúde muscular.
Para as articulações, o efeito é igualmente preocupante. O risco de desenvolver condições como artrite reumatoide é mais elevado entre aqueles que consomem grandes quantidades de ultraprocessados, além de se observar uma evolução mais negativa em casos de osteoartrite de joelho, que se manifesta através de dor e rigidez.
Por que os Ultraprossessados são perigosos para as articulações?
O consumo intensivo de alimentos ultraprocessados está frequentemente associado a um aumento da dor articular, pior desempenho em atividades físicas e redução da espessura da cartilagem. A cartilagem desempenha o papel de amortecimento nas articulações, e sua degradação pode levar a um desconforto significativo e à limitação de movimentos.

Dias ricos em ultraprocessados contribuem para a progressão de doenças articulares, afetando assim a qualidade de vida. Essa associação é crucial, pois a inflamação provocada por essas dietas agrava a condição articular, aumentando a severidade dos sintomas.
Quem são os mais afetados?
O hábito de consumir ultraprocessados é bastante prevalente entre jovens, habitantes de áreas urbanas e pessoas com maior escolaridade e renda. No entanto, um aumento notável desse consumo tem sido observado em populações de baixa renda, residentes em áreas rurais e minorias étnicas, que já enfrentam maiores desafios para acessar alimentos frescos e saudáveis.
A expansão desse consumo em diversas populações é uma tendência preocupante, uma vez que afeta segmentos que já lidam com obstáculos adicionais à manutenção de uma dieta saudável.
Como combater os efeitos dos Ultraprossessados?
Para preservar a força muscular e a mobilidade ao longo da vida, é fundamental adotar um padrão alimentar equilibrado, rico em nutrientes essenciais enquanto se evita alimentos ultraprocessados. Investir em dietas ricas em frutas, verduras, legumes e fontes de proteína de qualidade pode minimizar os riscos associados ao consumo excessivo de ultraprocessados.
Desta forma, embora esses produtos sejam convenientes e muitas vezes atraentes pelo sabor, considerações sobre saúde a longo prazo enfatizam a necessidade de escolhas mais saudáveis e naturais. Pequenas mudanças na dieta diária podem resultar em melhorias significativas na saúde muscular e articular, promovendo bem-estar e qualidade de vida duradouros.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271










