O Setembro Amarelo é um mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio e à valorização da vida. Nesse contexto, a Depressão se destaca como uma das condições emocionais mais comuns e frequentemente associadas a altos índices de suicídio em diferentes faixas etárias e classes sociais. Apesar de sua relevância, ainda existem muitos mitos que cercam essa doença, dificultando o reconhecimento, diagnóstico e tratamento adequados. Este artigo busca esclarecer algumas dessas ideias equivocadas, promovendo uma compreensão mais precisa sobre a Depressão.
Um dos mitos mais persistentes é a ideia de que a Depressão é apenas uma “frescura”. Na realidade, trata-se de um transtorno de humor complexo, envolvendo fatores emocionais, sociais e biológicos. A Depressão é uma das principais causas de suicídio e afeta significativamente a qualidade de vida dos indivíduos. A crença de que a Depressão é um mero sentimentalismo pode impedir que as pessoas busquem ajuda, agravando o quadro. O movimento Setembro Amarelo visa justamente combater esse tipo de pensamento, promovendo empatia e cuidado.
Depressão: uma questão de classe social?
Outro mito comum é que a Depressão seria uma “doença de rico”. Na verdade, a Depressão não discrimina classe social e pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sua condição financeira. A diferença está no acesso ao tratamento e à informação. Pessoas com mais recursos têm mais facilidade para obter assistência de qualidade, enquanto aquelas com menos recursos podem não reconhecer os sintomas ou ter dificuldades para buscar ajuda. Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e o Centro de Valorização da Vida (CVV) são exemplos de suporte disponível para todos.
A Depressão é sempre hereditária?

A questão genética na Depressão é parcialmente verdadeira. Embora haja uma predisposição genética, isso não significa que uma pessoa desenvolverá a doença apenas por ter familiares com Depressão. É importante estar atento aos sinais e buscar ajuda profissional caso necessário. A compreensão de fatores genéticos pode ajudar na identificação precoce e no tratamento adequado, mas não deve ser vista como uma sentença inevitável.
Por que a ajuda profissional é crucial?
A ajuda profissional é essencial no tratamento da Depressão. Psicólogos e psiquiatras desempenham um papel fundamental na avaliação e tratamento, que pode incluir psicoterapia e, em alguns casos, medicação. A Depressão é uma condição multifatorial, relacionada a fatores emocionais e à bioquímica cerebral, tornando difícil a superação sem apoio especializado. O suporte de uma rede de apoio e o tratamento adequado são fundamentais para a recuperação e a prevenção de novos episódios.
Como a sociedade pode contribuir?
A sociedade tem um papel crucial na abordagem da Depressão. É necessário um olhar mais atento, empático e responsável para com aqueles que sofrem dessa condição. Promover a conscientização, combater estigmas e apoiar políticas de saúde mental são passos importantes para reduzir o impacto da depressão. Compartilhar informações corretas e incentivar a busca por ajuda profissional são formas de contribuir para um ambiente mais acolhedor e compreensivo.
Em suma, a Depressão é uma doença séria que requer atenção e tratamento adequados. Desmistificar ideias errôneas e promover a conscientização são passos essenciais para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. O Setembro Amarelo nos lembra da importância de valorizar a vida e apoiar aqueles que enfrentam desafios emocionais.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271










