CB. Poder

"O SUS possui a estrutura necessária", diz secretário de Saúde do DF

Francisco Araújo Filho cobra dos brasilienses respeito quanto aos métodos de prevenção da doença e ressalta que as dificuldades de testagem no DF foram superadas

Ana Maria da Silva*
postado em 17/08/2020 15:29 / atualizado em 17/08/2020 21:33
Em entrevista, Francisco Araújo Filho parabenizou os profissionais do SUS pelo trabalho desenvolvido -  (crédito: Credito: Ana Rayssa/CB/D.A. Press. )
Em entrevista, Francisco Araújo Filho parabenizou os profissionais do SUS pelo trabalho desenvolvido - (crédito: Credito: Ana Rayssa/CB/D.A. Press. )

A situação da pandemia do coronavírus no Distrito Federal (DF) continua a preocupar o governo. Em entrevista ao CB. Poder — uma parceria do Correio Braziliense e da TV Brasília — nesta segunda-feira (17/8), o Secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo Filho, reafirmou que o DF enfrenta fase crítica da pandemia e explicou a importância dos cuidados da população.

“O estado, a secretaria de saúde e o governo não têm medido esforços para proteger a vida das pessoas. Mas é importante que as pessoas façam sua parte”, ressaltou. De acordo com o secretário, a Secretaria de Saúde tem exercido um momento forte no que diz respeito à proteção do trabalhador de saúde, algo que só será alcançado com a ajuda dos cidadãos. “Toda vez que eu falo, agradeço e parabenizo pela forma que o SUS - mais precisamente cada trabalhador - tem se comportado no DF. As pessoas colocam suas vidas para salvar vidas. Agora, com a participação da sociedade no processo, nós reforçamos essa cadeia”, completa.

Apesar das insistentes críticas quanto à falta de aparelhos e materiais nos hospitais, o secretário afirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) alcançou grande número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “O SUS possui a estrutura necessária e avançou bastante, seja no tocante aos leitos para atender as pessoas, seja na participação da rede de atenção básica”, afirmou.

Ao ser questionado quanto à estimativa da queda no número de casos na capital federal, Francisco disse que evita menção de projeção. “Não gosto de pontuar datas. Isso não traz segurança para a população. Pelo contrário, deixa as pessoas desassossegadas”, explica. “O que afirmo para a população é que continuamos vigilantes, firmes e fortes nas nossas ações, fazendo buscas para mais insumos, para manter e desbloquear leitos. O trabalho não para um só minuto, para que o SUS fique bem estruturado”, pondera.

Entre as medidas de ação de enfrentamento, o secretário lembrou que a todo instante o SUS é modulado de tal forma que fique adequado para o tratamento e proteção das pessoas. “O que eu afirmo é que nós não descansaremos até cuidarmos de todos os cidadãos e todos os habitantes do DF, seja na linha e cuidado de atenção básica, seja na ocupação de leitos”, completa.

Testagem

Com a volta das testagens, Francisco reforça a importância do método para monitoramento e controle da doença. “Nós não podemos discutir o teste quanto à qualidade, já que cada um deles - mesmo o rápido - possui um grau de assertividade de 90 a 93%”, explica. “Mas a testagem serve para gerar dados epidemiológicos. Se não fosse isso, não saberíamos onde a pandemia está crescente e como o SUS deve se organizar.

De acordo com o secretário, as dificuldades de testagem que o DF enfrentou foram superadas. "Nós estamos liberando, esta semana, cerca de cem mil testes que nós adquirimos para o sistema de drive thru. Além disso, recebemos 300 mil testes da receita federal a título de doação, que já estão disponíveis na rede”, pontuou.

Francisco ressaltou que hoje o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) consegue processar um número maior de testes diariamente, algo que tem ajudado o processo de testagem na capital federal. “Mais de mil testes diários são feitos com tempo recorde, devido a uma tecnologia que foi desenvolvida pelo laboratório. No que diz respeito ao teste, nós testamos mais de 500 mil pessoas no DF”, ressalta.


Veja a entrevista completa 



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