Coronavírus

Com 5% do pulmão comprometidos, Ibaneis recupera-se em casa da covid-19

Apesar de a infecção pelo novo coronavírus ter atingido parte do sistema respiratório, o quadro de Ibaneis Rocha (MDB) é considerado leve. O governador recupera-se em casa e segue despachando normalmente. Ontem, o DF chegou à marca de 172.708 casos de covid-19

Cibele Moreira
Thais Umbelino
postado em 10/09/2020 06:00
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 2/4/20             )
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 2/4/20 )

Após resultado positivo para a covid-19, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), constatou leve infecção do pulmão. De acordo com os exames, cerca de 5% do órgão estão comprometidos. O quadro, porém, não é considerado grave e, por isso, o chefe do Executivo local não precisou ser internado e se recupera em casa.


Em nota oficial, o Governo do Distrito Federal (GDF) informou que Ibaneis sente um “leve mal-estar provocado por tosse, sem apresentar qualquer outro sintoma da doença”. O texto afirma que o governador vai continuar despachando normalmente e que, hoje, participa de uma reunião com o secretariado, via teleconferência. O chefe do Buriti começou a manifestar os sintomas da covid-19 na madrugada de terça-feira e teve diagnóstico confirmado no mesmo dia. Às pessoas próximas, Ibaneis disse acreditar ter se infectado no feriado, em viagem a Uberaba (MG). Ele é considerado grupo de risco para o novo coronavírus devido à obesidade e será monitorado constantemente. Em caso de piora, Ibaneis será conduzido ao hospital.


A primeira-dama do DF e secretária de Desenvolvimento Social do DF, Mayara Noronha, e os filhos do governador testaram negativo para o novo coronavírus. Outras pessoas que tiveram contato com Ibaneis Rocha também realizaram o exame e testaram negativo. A informação foi confirmada pela Coordenação de Comunicação do GDF.

Óbitos

O número de mortes pela covid-19 voltou a subir no Distrito Federal. De acordo com o levantamento divulgado pela Secretaria de Saúde, nesta quarta-feira (9/9), foram registradas mais 50 óbitos pelo novo coronavírus em 24 horas. No entanto, segundo a pasta, todos ocorreram em dias anteriores. Ao todo, 2.813 pessoas perderam a vida por complicações da doença no DF, sendo que 2.576 eram moradores da capital.


Ceilândia aparece, mais uma vez, com o maior número de mortes diárias. A região contabilizou 11 vítimas. Em seguida, está o Guará com cinco óbitos computados. Lago Sul, Recantos das Emas, Santa Maria e Taguatinga tiveram quatro mortes, cada. O DF ainda registrou o óbito de um morador do Novo Gama (GO). A maioria das vítimas era homem e apresentava algum tipo de comorbidade.


O balanço da Secretaria de Saúde apontou um acréscimo de 969 casos de covid-19, ontem. Desde o início da pandemia, 172.708 pessoas testaram positivo para a doença no Distrito Federal. Dessas, 158.829 estão recuperadas — ou seja, 92% dos infectados são considerados curados.


Em relação às regiões administrativas, Ceilândia lidera o ranking com maior número de casos confirmados e óbitos totais — 21.142 e 521, respectivamente. Taguatinga aparece em seguida, com 13.940 notificações do vírus e 281 mortes. Outros 6.841 casos não tiveram a região registrada pela Secretaria de Saúde.

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Palavra de especialista

Elie Fiss, pneumologista do Laboratório Exame


Acompanhamento é fundamental

Durante a pandemia do novo coronavírus convencionou-se a avaliar o quadro pulmonar do paciente pela opacidade em vidro fosco, achada em tomografia computadorizada do tórax. Esse número representa o coeficiente de atenuação dos pulmões.Normalmente, quando o valor está abaixo de 20% ou 25%, significa que a pessoa infectada não apresenta um comprometimento sério. Entre 20% e 50%, o quadro do paciente deve ser atrelado aos sintomas apresentados. De 50% a 75%, indica que, provavelmente, o paciente vai precisar ser internado. Durante a evolução da doença, é possível que essa porcentagem de comprometimento aumente. Por isso, recomendo fortemente a adoção de outras medidas como a observação da oxigenação do sangue, que pode ser medido por um oxímetro, e da evolução dos sintomas. Mas, a principal orientação é o acompanhamento médico. O profissional conseguirá levar em consideração vários fatores como o quadro clínico, radiológico e laboratorial para tratar o paciente da melhor forma.

 

 

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