Crime

"A ficha ainda não caiu", diz irmã de professor assassinado dentro de casa

Adailton Jorge foi sepultado na manhã desta sexta-feira (18/9). Polícia identificou o suspeito, mas ele ainda não foi capturado

Samara Schwingel
postado em 18/09/2020 11:12 / atualizado em 18/09/2020 11:13
O professor Adailton Jorge era considerado um amigo pelos alunos e pela comunidade escolar  -  (crédito: Arquivo Pessoal)
O professor Adailton Jorge era considerado um amigo pelos alunos e pela comunidade escolar - (crédito: Arquivo Pessoal)

O professor Adailton Jorge, morto a tiros dentro de casa, foi sepultado na manhã desta sexta-feira (18/9). O velório foi às 10h, no Cemitério Parque Memorial, no Novo Gama (GO). Durante o enterro, amigos e familiares disseram estar muito abalados e ainda sem entender o ocorrido.

“A ficha ainda não caiu. Está muito difícil de assimilar a perda dele”, disse uma irmã de Adailton. A mulher, que prefere não ser identificada, contou ao Correio que a família está muito abalada. “Minha mãe não conseguiu sair de casa para o enterro. Estamos todos em choque”, afirmou.

Ela ainda disse que espera que o responsável pela morte do professor seja preso. “Não tenho o que dizer sobre esse cidadão. O que ele fez foi cruel demais.”

Amigos de Adailton que acompanharam o sepultamento do pedagogo afirmaram que o professor fará falta. “Ele era muito querido, um homem bom. Não merecia nada disso“, disse uma colega de profissão. Adailton lecionou em escolas públicas de Goiás e atuou como educador social voluntário no Distrito Federal.

Relembre o caso


Adailton Jorge foi morto na manhã desta quinta-feira (17/9) dentro de casa em Santa Maria. O pai da vítima teria presenciado o crime. A 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) investiga os fatos. A suspeita é de que o crime tenha sido motivado por causa de um celular, segundo o delegado-adjunto da 33ª DP, Paulo Fortini informou ao Correio na quinta-feira (17/9).

O professor teria saído com alguns amigos para um bar em Santa Maria. Segundo informações policiais, os suspeitos estavam neste mesmo local e até conheciam a vítima. Na madrugada, o celular de um dos homens do grupo sumiu e eles acusaram Adailton de furto.

Durante a noite, os acusados chegaram a ir diversas vezes na casa do professor para questioná-lo sobre o sumiço do aparelho. O docente chegou a pedir aos suspeitos para que eles olhassem o seu carro, como prova de que não tinha roubado nenhum objeto. Em determinado momento, um dos autores disse que a situação não ficaria daquele jeito e efetuou três disparos de arma de fogo contra o professor.

Suspeito


Ainda na noite desta quinta-feira (17/9), os investigadores identificaram um suspeito de ter assassinado o professor. O acusado é um dos moradores de Santa Maria e ainda não foi capturado.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação