Nesta terça-feira (15/12), agentes da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos da Polícia Civil do Distrito Federal investiga um grupo criminoso suspeito de aplicar golpes em seguradoras de lanchas e carros de luxo. De acordo com as investigações, a quadrilha forjava acidentes e recebia os valores das seguradoras.
A operação Navio Fantasma cumpriu 12 mandados de busca e apreensão no Lago Sul, na Asa Norte, em Vicente Pires, Taguatinga, Guará, Águas Claras e Núcleo Bandeirante. Segundo a Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), os criminosos agiram nos últimos dois anos e forjaram dezenas de acidentes envolvendo BMW, Porsche, entre outros veículos luxuosos.
No total, foram destruídos 10 veículos, dois em cada acidentes. Em um dos golpes, uma lancha de 50 pés avaliada em R$ 750 mil foi destruída. "Eles compraram a lancha por cerca de R$500 mil e a asseguraram em R$1,9 milhão. Quarenta dias após a compra, a embarcação pegou fogo e eles receberam R$1,2 milhão do seguro", explicou o delegado André Leite, coordenador da Corpatri.
Os acidentes forjados ocorreram, principalmente, no Setor de Clubes Esportivos Sul e na rodovia DF-140, proximidades do Complexo da Papuda, sempre durante a madrugada. "A partir das apreensões feitas nesta terça-feira, vamos apurar a participação do grupo em outros acidentes. Não descartamos que estejam envolvidos em mais fraudes", disse Leite.
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Os acidentes forjados ocorreram no Setor de Clubes Esportivos Sul – SCES e na rodovia DF-140, proximidades do Complexo da Papuda Divulgação/PCDF -
A ação cumpriu 12 mandados de busca e apreensão na residência e empresas de integrantes da associação criminosa Divulgação/PCDF
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Estima-se que, nos últimos dois anos, o grupo tenha faturado a quantia aproximada de R$ 2 milhões com as fraudes Divulgação/PCDF
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As investigações apontaram que o grupo forjou cinco acidentes automobilísticos para recebimento do valor do seguro Divulgação/PCDF
Como agiam
O grupo adquiria veículos importados de difícil comercialização e contratava seguros novos, com valor de indenização correspondente à Tabela Fipe. Depois, forjavam uma colisão causando perda total dos veículos.
Assim, o condutor que contratou o seguro, integrante da quadrilha, assumia a culpa pela colisão, para viabilizar o pagamento dos danos do outro veículo envolvido no acidente. Para dificultar a investigação, os registros dos acidentes eram feitos na Delegacia Eletrônica e os criminosos se revezavam na condição de condutor, segurado (contratante), terceiro envolvido e recebedor da indenização.
A quadrilha também criou cinco empresas de fachada, em nome das quais eram registrados os veículos. Entre os veículos destruídos estão três BMW´s, um Porsche e um Chrysler. Estima-se que, nos últimos dois anos, o grupo tenha faturado a quantia aproximada de R$ 2 milhões com as fraudes.
"São 10 investigados que vão responder, em liberdade, por associação criminosa e estelionato", completou Leite.
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