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Covid-19: cenário indica possível início de segunda onda no DF, diz estudo

Boletim feito pela PrEpidemia, da Universidade de Brasília, apresenta um aumento na taxa de reprodução do vírus em 23 regiões administrativas. Crescimento também ocorre na ocupação de leitos de UTI

De acordo com pesquisa que analisa a evolução da covid-19 entre 22 de novembro e 7 dezembro, o Distrito Federal apresenta um provável início de uma segunda onda de covid-19. Do total de 33 regiões administrativas monitoradas, 23 estão em estado de atenção após registraram o R(t) acima de 1, ou seja, um aumento da taxa de reprodução do vírus. Arniqueiras, Brazlândia e Riacho Fundo 2 foram classificadas no nível de alerta.

Os dados são do boletim feito pelo Observatório de Predição e Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (PrEpidemia), da Universidade de Brasília (UnB), divulgado nesta quarta-feira (9/12). Na última pesquisa, publicada em 25 de novembro, a taxa de reprodução do vírus, R(t), era de 1,02. Agora, é registrado o valor de 1,08, algo que indica uma expansão da doença no DF.

O levantamento também apresenta o aumento de 17% na ocupação de leitos de UTI públicos e privados, destinados para pacientes com covid-19. Conforme os dados sobre os leitos divulgados pelo Governo do Distrito Federal (GDF), de 278 leitos ocupados, o número passou para 325 registrados em 8 de dezembro. Até o momento, não foi identificado um crescimento significativo de óbitos por semana, mas é algo esperado para os próximos dias, segundo a pesquisa.

Com este cenário, os pesquisadores recomendam a intensificação da vigilância epidemiológica pelo GDF, além de uma maior atenção da população em relação às medidas de controle. De acordo com o boletim, cabe ao governo buscar maior eficiência e efetividade nas ações de enfrentamento, antes de promover novas flexibilizações.

Segunda onda

Uma nova onda de contágio já era algo discutido por especialistas a partir das projeções da pandemia no DF. Recentemente, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, decretou o fechamento de bares e restaurantes às 23h, de modo a reduzir aglomerações e conter o avanço do número de casos.

Em coletiva realizada no início de dezembro, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, pediu para que os moradores da capital não relaxem nas medidas de segurança. Segundo o chefe da pasta, o descaso da população com as medidas sanitárias contribui para o aumento na taxa de transmissão do coronavírus.

* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer