Pandemia

Veja os cuidados após tomar a segunda dose da vacina contra covid-19

Secretaria de Saúde orienta medidas de proteção contra o novo coronavírus até que o DF alcance imunização em massa. Mais de 28 mil pessoas do grupo prioritário já foram imunizadas

Correio Braziliense
postado em 24/02/2021 18:48
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Até terça-feira (23/2), 28.240 pessoas do grupo prioritário foram imunizadas contra a covid-19, no Distrito Federal. No entanto, os cuidados não devem ser ignorados, mesmo por quem já completou o ciclo de vacinação. De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, a imunização contra o vírus estará completa cerca de 15 dias após a administração da segunda dose.

A pasta orienta o uso de máscara de proteção, higiene constante das mãos e manutenção do isolamento social, porque essas medidas de proteção continuam sendo fortes aliados no combate à covid-19, enquanto não é possível promover a vacinação em massa no DF, em função do baixo quantitativo de doses recebidas.

Para a infectologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Joana Darc Gonçalves,"só poderemos deixar esses costumes para trás quando houver uma contenção de casos, que é atingida pela imunidade de rebanho — que, por sua vez, só é alcançada por meio da vacina". "Isso ainda vai demorar um pouco. A máscara previne não só contra covid-19, mas contra outras doenças respiratórias. É algo que chegou para ficar, algo que vai ser incorporado à nossa cultura", complementa.

Segunda dose

No Brasil, são utilizadas as vacinas CoronaVac (Sinovac/Butantan) e Oxford/AstraZeneca para a imunização contra a covid-19. Hoje, apenas os vacinados com a CoronaVac estão recebendo a segunda dose, pois o intervalo de aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca é de até 90 dias, com reforço a partir do final de abril.

A CoronaVac apresentou eficácia global de 50,3% contra o vírus, prevenindo em até 78% os casos de internação hospitalar. Até a finalização dos estudos que garantiram o uso emergencial da vacina, nenhum dos pacientes imunizados foi a óbito por covid-19.

Ainda segundo os estudos, o intervalo de aplicação entre a primeira e a segunda dose serve para estimular a produção de anticorpos no organismo humano e em tempos diferentes. Para a vacina chinesa (CoronaVac), esse intervalo foi calculado entre 14 e 28 dias após a aplicação da primeira dose.

"Nós podemos estar verificando o que chamamos de variantes de atenção. O tipo de alteração que elas produzem podem levar à infecção por um vírus mais transmissível ou até mais agressivo", explica Joana Darc. "Há o risco de a pessoa, mesmo imunizada, se infectar e ter sintomas. O contato com essas variantes pode levar à falha vacinal". 

Reação à vacina

Até o dia 19 de fevereiro, a Secretaria de Saúde notificou 774 casos de Evento Adverso Pós-Vacinação (EAPV) relacionados às vacinas contra a covid-19. Segundo a pasta, até o momento, nenhum evento adverso grave foi confirmado. Os sintomas relatados pelos pacientes foram: vermelhidão, dor no local de aplicação, dor de cabeça e febre.

Segundo a infectologista, caso o paciente não tome a segunda dose, há o risco de não adquirir imunidade protetora contra a covid-19. "O que os estudos mostram é a necessidade da segunda dose, conforme o prescrito em bula. Até o momento, não há evidência de que uma única dose seja suficiente", afirma.

Qualquer sintoma apresentado pelo paciente após a administração da dose da vacina deve ser notificado imediatamente no mesmo ponto de vacinação onde foi feita a imunização.

 

Com informações da Agência Brasília

 

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