PANDEMIA

Covid-19: DF tem maior média de casos do ano e passa de 300 mil contaminados

Número mais alto até então havia sido observado na segunda (1º/3). Média móvel de mortes aumentou 58% e a de infectados registrou alta acima de 100%

Ana Isabel Mansur
postado em 03/03/2021 20:17
Secretaria de Saúde (SES-DF) totalizou 4,9 mil mortos em decorrência da doença nesta quarta (3/3) -  (crédito: Breno Esaki/Agência Saúde DF)
Secretaria de Saúde (SES-DF) totalizou 4,9 mil mortos em decorrência da doença nesta quarta (3/3) - (crédito: Breno Esaki/Agência Saúde DF)

Após alcançar 300.919 casos da covid-19 nesta quarta-feira (3/3), o Distrito Federal seguiu registrando números alarmantes. Com mais 1.520 registros da doença — o segundo maior número de 2021 — e 13 mortes em 24 horas, a Secretaria de Saúde contabilizou, ao todo, 4,9 mil mortos em decorrência da doença, 4,6% das pessoas que se contaminaram com o novo coronavírus. Do total de casos, 285.388 (94,8%) são considerados recuperados.

A média móvel de casos observada nesta quarta (3/3) é a maior do ano — 1.172, o que representou aumento de 101,5% em relação ao cálculo de 17 de fevereiro, 14 dias atrás. A média móvel de mortes também teve alta e chegou a 15,57 — crescimento de 58% sobre o cálculo de 17 de fevereiro. É a segunda maior mediana de mortes de 2021.

A média móvel é resultado do cálculo diário das médias de casos e mortes dos últimos sete dias. O valor é usado como critério de comparação para visualização das tendências relacionadas à pandemia.

A taxa de transmissão da doença — usada para medir a reprodução da epidemia — está em 1,08 desde 26 de fevereiro, quando registrou aumento de 21% em relação ao valor do dia anterior. Se a taxa de transmissão for menor que 1, a epidemia tende a acabar; para valores maiores que 1, a epidemia está fora de controle e avança.

Até esta terça (2/3), o índice de isolamento social na capital federal estava em 36,2%, segundo dados da InLoco. A maior taxa registrada no DF foi de 65,6%, em 22 de março de 2020. O levantamento é feito com informações coletadas de localizadores dos aparelhos celulares. De acordo com a empresa, nenhum detalhe que possa identificar a pessoa, como nome, RG, CPF ou e-mail, é registrado.

Registros

Das 13 mortes notificadas, cinco ocorreram nesta quarta (3/3). Seis pessoas morreram nesta terça (2/3) e duas vítimas vieram a óbito entre 9 e 27 de janeiro. Todas as pessoas cujas mortes foram registradas nesta quarta (3/3) sofriam de comorbidades — oito apresentavam doença cardiovascular e distúrbios metabólicos, cinco pacientes eram obesos, duas vítimas tinham pneumopatia e uma, nefropatia.

Duas pessoas eram residentes de Goiás e os 11 pacientes restantes moravam no DF. Entre as vítimas, um adolescente — que faleceu no Hospital da Criança de Brasília (HCB) — e 12 pessoas entre 40 e 80 anos ou mais, das quais cinco vieram a óbito em unidades públicas de saúde.

Regiões

Ceilândia segue como a região administrativa com maior número de casos, com 32.713 registros de pessoas contaminadas. Em seguida, está o Plano Piloto, que tem 28.374 notificações da doença; Taguatinga fica em terceiro lugar, com 24.123 infectados pelo novo coronavírus.

Quanto ao número total de mortes, Ceilândia também lidera a lista, com 830 óbitos, dois a mais do que o total desta terça (2/3). Em seguida, aparecem Taguatinga (489) e Samambaia (369). Taguatinga teve uma morte em 24 horas e Samambaia não registrou nenhuma vida perdida desde esta terça (2/3).

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