Protesto

Em carreata em Ceilândia, manifestantes protestam contra o lockdown

Manifestação contra os medidas restritivas e o fechamento de atividades consideradas não essenciais ocorreu nesta sexta-feira (5/3), em Ceilândia

Larissa Passos
postado em 05/03/2021 10:20 / atualizado em 05/03/2021 15:23
O protesto ocorreu em frente ao Shopping Popular de Ceilândia -  (crédito: CB /DA Press / Marcelo Ferreira)
O protesto ocorreu em frente ao Shopping Popular de Ceilândia - (crédito: CB /DA Press / Marcelo Ferreira)

Na manhã desta sexta-feira (5/3), cerca de 50 pessoas se reuniram em frente ao Shopping Popular de Ceilândia contra as medidas restritivas e o fechamento de atividades consideradas não essenciais. Ao todo, em torno de 20 carros participaram da carreata que teve início às 9h30.

Com camisetas contra o decreto e buzinaço, os manifestantes reivindicaram: “lockdown não funciona, lockdown não tem base científica, lockdown mata, lockdown coloca pessoas na miséria, na ruína, gera desemprego, fome, depressão e desgraça”. A reportagem do Correio abordou a organizadora e participantes da manifestação, mas eles não quiseram dar entrevista.

Este é o quarto protesto desde domingo (28/2), quando empresários se mobilizaram em frente à casa do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). Logo em seguida, na segunda-feira (1º/3), 500 pessoas se reuniram no Palácio do Buriti para protestar contra a medida. Além disso, nesta terça-feira (2/3), um grupo ateou fogo em pneus na BR-070, bloqueando o trânsito no sentido Taguatinga.

Ibaneis decidiu proibir o funcionamento de parte das atividades por 15 dias para conter o aumento de casos por covid-19 e a superlotação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Na manhã desta sexta, a ocupação de leitos de UTIs reservadas para pacientes com o novo coronavírus estava com 90,91% da capacidade. Até às 8h, 34 pacientes com suspeita ou confirmação aguardavam por um leito na rede pública.

Outros pontos de manifestação


Por volta das 11h outro protesto ocorreu em Taguatinga, na Comercial Norte. Os manifestantes lideravam a carreata com buzinaço em cima de um trio elétrico. No discurso, um dos líderes do movimento alegava que o cancelamento das aulas era para que as crianças não tivessem merenda escolar nem educação para reivindicar seus direitos.

“Isso é para (as crianças) não saberem protestar. A gente precisa de todos vocês. Sabem quando uma pessoa desinstruída consegue fazer o mundo mudar? Quando elas se unem”, defendia o líder do protesto. Segundo ele, os políticos estavam apenas interessados nos votos. Alguns carros participavam do movimento com a bandeira do Brasil sobre o capô.

 

 

O que não pode funcionar:

* Eventos, de qualquer natureza, que exijam licença do Poder Público
* Atividades coletivas de cinema, teatro e museus
* Atividades educacionais presenciais em todas as creches, escolas, universidades e faculdades, das redes de ensino pública e privada
* Academias de esporte de todas as modalidades
* Clubes recreativos, inclusive a área de marinas
* Utilização de áreas comuns de condomínios residenciais
* Boates e casas noturnas
* Atendimento ao público em shoppings centers, feiras livres e permanentes*
* Estabelecimentos comerciais, de qualquer natureza, inclusive bares, restaurantes e afins
* Salões de beleza, barbearias, esmalterias e centros estéticos
* Quiosques, foodtrucks e trailers de venda de refeições
* Comércio ambulante em geral
* Nos shoppings centers ficam autorizados o funcionamento de laboratórios, clínicas de saúde, farmácias e o serviço de delivery. Nas feiras livres e permanentes fica autorizada a comercialização de gêneros alimentícios, vedado qualquer tipo de consumo no local.

O que pode funcionar:

* Supermercados
* Hortifrutigranjeiros
* Minimercados
* Mercearias, padarias e lojas de panificados
* Açougues e peixarias
* Postos de combustíveis
* Comércio de produtos farmacêuticos
* Hospitais, clínicas e consultórios médicos, de fisioterapia e pilates, odontológicos, laboratórios e farmacêuticas
* Clínicas veterinárias
* Comércio atacadista
* Petshops, lojas de medicamentos veterinários ou produtos saneantes domissanitários
* Funerárias e serviços relacionados
* Lojas de conveniência e minimercados em postos de combustíveis exclusivamente para a venda de produtos
* Serviços de fornecimento de energia, água, esgoto, telefonia e coleta de lixo
* Toda a cadeia do segmento de construção civil
* Cultos, missas e rituais de qualquer credo ou religião, conforme Lei Distrital nº 6.630, de 10 de julho de 2020
* Toda a cadeia do segmento de veículos automotores
* Agências bancárias, lotéricas, correspondentes bancários, call centers bancários e postos de atendimentos de transportes públicos
* Bancas de jornal e revistas
* Centros de distribuição de alimentos e bebidas
* Empresas de manutenção de equipamentos médicos e hospitalares
* Escritórios e profissionais autônomos, a exemplo de: advocacia; contabilidade; engenharia; arquitetura; imobiliárias
* Lavanderias, exclusivamente no sistema de entrega em domicílio
* Cartórios, serviços notariais e de registro
* Hotéis, mantendo fechadas as áreas comuns
* Óticas
* Papelarias
* Zoológico, parques ecológicos, recreativos, urbanos, vivenciais e afins
* Órgãos Públicos do Distrito Federal que prestem atendimento à população
* Atividades industriais, sendo vedado o atendimento ao público
* Atividades administrativas do Sistema S
* Cursos de Formação de policiais e bombeiros

 

*Colaborou Edis Henrique Peres

 

 

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  • Movimento de contra o lockdown em Ceilândia
    Movimento de contra o lockdown em Ceilândia Foto: CB /DA Press / Marcelo Ferreira
  • Movimento de contra o lockdown em Ceilândia
    Movimento de contra o lockdown em Ceilândia Foto: CB /DA Press / Marcelo Ferreira
  • Movimento de contra o lockdown em Ceilândia
    Movimento de contra o lockdown em Ceilândia Foto: CB /DA Press / Marcelo Ferreira
  • Manifestação contra lockdown
    Manifestação contra lockdown Foto: CB / DA Press / Marcelo Ferreira
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