O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou, em uma rede social, na noite deste domingo (14/3), que a taxa de transmissão do novo coronavírus caiu para 1,01 na capital — cada 100 infectados transmitem o vírus para 101 pessoas. Até este sábado (13/3), o índice de transmissibilidade estava em 1,12 — 100 contaminados infectam outras 112 — e, nas últimas semanas, chegou a atingir 1,38.
Apesar da redução, o número permanece alto e o sinal ainda é de alerta, visto que a taxa acima de 1 indica que a doença está em expansão. “Vamos começar a semana com uma significativa redução na taxa de transmissão do vírus no DF. Alcançamos o índice de 1,01. É uma resposta a quem não acredita que é preciso restringir a circulação de pessoas, principalmente à noite, quando há mais aglomeração”, afirmou o emebedista, referindo-se ao lockdown e ao toque de recolher, das 22h às 5h.
O chefe do Executivo local alertou. “Se todos respeitarem o distanciamento, usarem máscara e álcool gel, vamos baixar ainda mais. Além disso, toda sugestão que nos ajude a amenizar a crise econômica provocada pela pandemia é levada em conta por nós”, frisou Ibaneis.
Leitos
Neste domingo, a rede pública de saúde do DF chegou a atingir 100% da capacidade de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) destinadas ao público adulto. A fila de espera por um leito chegou a 226 pessoas.
O Correio mostrou o relato de um profissional de saúde do Hospital Regional do Gama (HRG). Ele usou o prontuário de um paciente para denunciar a situação e descreveu o drama enfrentado pela equipe médica. No desabafo chocante, afirmou que a unidade de saúde está com 180% de lotação.
No texto, ao qual o Correio teve acesso, o profissional alerta: “O bloco respiratório covid do HRG em estado caótico. Estamos com lotação em 180%. Necessitamos com urgência da liberação de leitos de UTI e transferência dos pacientes”. Ele denuncia: não há espaço físico, pontos de oxigênio, bombas de infusão, nem sequer ventiladores mecânicos — equipamentos essenciais para o tratamento de pacientes graves. Segundo ele, há pontos de oxigênio sendo compartilhados por até três pacientes.
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