Pandemia

Covid-19: corpo de criança fica mais de 24h aguardando remoção no Hmib

Denúncia feita pelo Sindesv-DF rodou as redes sociais. Segundo as imagens, o corpo teria ficado em uma sala ao lado da entrada do pronto-socorro

Samara Schwingel
postado em 30/03/2021 13:55 / atualizado em 30/03/2021 16:28
A denúnci teria sido feita junto ao Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF) -  (crédito: Material cedido ao Correio )
A denúnci teria sido feita junto ao Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF) - (crédito: Material cedido ao Correio )

O corpo de uma criança de 4 anos que faleceu por covid-19 teria esperado por mais de 24 horas pela remoção no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). De acordo com denúncia feita pelo Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), nesta terça-feira (30/3), o corpo da criança ficou em uma sala ao lado da entrada do pronto-socorro sem as devidas proteções necessárias para evitar a contaminação dos funcionários e pacientes que passavam pelo local. 

Segundo um dos diretores do sindicato Gilmar Rodrigues, a entidade recebeu a reclamação dos vigilantes do local. "Eles estavam preocupados com a segurança do ambiente em que trabalham, já que a covid-19 é contagiosa", explicou. Porém, segundo Gilmar, as fotos que circulam não foram tiradas pelos vigilantes. "Eles nos alertaram e nos fomos até lá verificar a situação", disse. 

De acordo com as imagens e vídeos, a sala em que o corpo teria ficado é aberta e muito próxima à entrada e local de espera do pronto-socorro. A Secretaria de Saúde do DF,por meio de nota, informou que "o corpo permaneceu na sala de transição, seguindo todas as orientações e normas sanitárias, aguardando a conclusão dos trâmites entre a família e a funerária. Tudo foi feito seguindo os critérios estabelecidos. O corpo da criança já seguiu para a funerária."

Outros casos 

Há alguns dias, imagens gravadas por servidores de unidades localizadas no Guará e em Ceilândia, regiões do entorno de Brasília, mostram um corpo ensacado no piso. Em outra situação, há uma vítima da doença já sem vida enrolada em panos, sobre uma maca.

Sobre o caso ocorrido em Ceilândia, a secretaria de Saúde, na época, afirmou que o corpo ficou no corredor porque “houve, sim, um atraso no procedimento em função do volume corporal e a indisponibilidade, naquele momento, de invólucro compatível com as dimensões do corpo”.

 

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