DESCONTROLE

Covid-19: após bater novo recorde, DF ultrapassa 6 mil mortes pela doença

Dos óbitos notificados nesta quarta (31/3), 116 ocorreram em março e um, em fevereiro. Média móvel de mortes aumentou 165% em duas semanas. Nesta quarta (31/3), Justiça determinou que comércio volte a funcionar com as restrições de horário do último decreto

Ana Isabel Mansur
postado em 31/03/2021 19:19
Dos registros de óbitos, 13 eram moradoras de Goiás. Seis pessoas tinham entre 30 e 39 anos e 35 estavam na faixa etária de 40 a 59 anos -  (crédito: AFP / MICHAEL DANTAS)
Dos registros de óbitos, 13 eram moradoras de Goiás. Seis pessoas tinham entre 30 e 39 anos e 35 estavam na faixa etária de 40 a 59 anos - (crédito: AFP / MICHAEL DANTAS)

Mais uma vez, o Distrito Federal ultrapassou a marca de mais mortes notificadas em um único dia desde o início da pandemia. No último dia de março, a Secretaria de Saúde contabilizou mais 117 óbitos em decorrência da covid-19 — das quais 116 ocorreram neste mês. O anúncio havia sido feito mais cedo, durante coletiva de imprensa no Palácio do Buriti, pelo secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha.

Com o registro, o total de óbitos pela doença no DF é de 6.029. A média móvel de mortes aumentou 165% em relação ao cálculo de 17 de março, 14 dias atrás, e alcançou 68 — o maior número de toda a pandemia. Ou seja, nesta quarta-feira (31/3).

São 344.364 pessoas infectadas pela covid-19 na capital federal, das quais 1.253 foram contaminadas nesta quarta (31/3). Os casos considerados recuperados somam 323.126 (93,8%). A média móvel de casos está em estabilidade no DF, 1.573,7 — queda de apenas 5% na comparação com a mediana de 17 de março.

Também nesta quarta, a Justiça derrubou a liminar que determinava retorno do lockdown no DF e o comércio poderá funcionar de acordo com as regras estabelecidas no decreto de 19 de março.

Notificações

Entre as 117 pessoas cujas mortes foram registradas, 11 morreram nesta quarta (31/3) e 31, na terça (30/3). Apenas uma morte ocorreu em fevereiro — todas as outras são do mês de março, o mais letal da pandemia.

Dos registros de óbitos, 13 eram moradoras de Goiás. Seis pessoas tinham entre 30 e 39 anos e 35 estavam na faixa etária de 40 a 59 anos. Cinco vítimas faleceram em casa e 57 em unidades da rede pública de saúde. Apenas no Hospital Regional de Santa Maria, 10 pacientes morreram.

Comorbidades acometiam 84 (72%) pessoas — 61 sofriam de doença cardiovascular e 36, de distúrbios metabólicos. Nove pessoas apresentavam nefropatia e quatro, imunossupressão. Pneumopatia atingia 12 pacientes e obesidade, 11.

Incidência

Ceilândia é a região administrativa que tem o maior número de mortes pela doença — 974, 12 a mais do que o registrado nesta terça (30/3). Em seguida, estão Taguatinga (609) e Samambaia (460). Em 24 horas, Taguatinga perdeu 13 vidas e Samambaia, sete.

Ceilândia também está à frente da lista das RAs com mais infectados pela doença, com 37.176 casos. Plano Piloto (32.972) e Taguatinga (27.624) aparecem em segundo e terceiro lugar.

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