CB.Poder

Dívidas do Iges-DF estão renegociadas, afirma diretor-presidente

Em entrevista ao CB.Poder desta segunda-feira (3/5), Gilberto Magalhães Occhi afirmou que, em um mês, 10% dos débitos de R$ 235 milhões foram quitados e que o restante do valor foi repactuado

Ana Isabel Mansur
postado em 03/05/2021 16:42 / atualizado em 03/05/2021 16:43
Segundo o diretor-presidente, os débitos do Iges-DF têm duas frentes: de arrecadação e de despesas -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Segundo o diretor-presidente, os débitos do Iges-DF têm duas frentes: de arrecadação e de despesas - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

No cargo de diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) desde 17 de março, Gilberto Magalhães Occhi concedeu entrevista, nesta segunda-feira (3/5), ao programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília. Occhi afirmou que as dívidas do instituto somam R$ 235 milhões, dos quais, em um mês, foram pagos 10% e renegociadas parcelas para o pagamento do restante do valor.

Segundo o diretor-presidente, os débitos do Iges-DF têm duas frentes: de arrecadação e de despesas. “As dívidas tributárias, como de Imposto de Renda e de pagamento de FGTS e INSS, são da ordem de R$ 85 milhões, e todas já foram repactuadas com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Receita Federal e Caixa Econômica Federal. Pagamos cerca de R$ 5 milhões de entrada e o restante foi parcelado. As dívidas diversas, como água, luz, aluguel e fornecimento de serviços, acumulam R$ 150 milhões”, destrinchou Occhi.

Questionado sobre uma possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Iges-DF — que ainda depende do presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Rafael Prudente (MDB), para ser aberta, apesar de o pedido ter conseguido o apoio mínimo dos parlamentares na última terça (27/4) —, o diretor-presidente afirmou ser “inoportuna.”

“É uma deliberação da Casa e, se os parlamentares entenderem que uma CPI vai trazer alguma luz sobre os fatos dentro do Iges, eu vejo com naturalidade. Porém, entendo que é inoportuna em um momento de mudança de gestão. É bem provável que tudo aquilo que uma CPI vá buscar de informações, a diretoria, controladoria e corregedoria do instituto, por meio da auditoria que estamos fazendo, vão trazer essas informações”, avaliou.

Para ele, o Iges tem condições de apresentar respostas o mais rápido possível, tanto à CLDF quanto à população. “Estamos trabalhando nesse sentido. O governador Ibaneis Rocha (MDB) deu a esta diretoria a missão de trazer para a sociedade o que é mais importante, a assistência à saúde, com qualidade e transparência, e ampliação de serviços”, justificou Occhi.

Pandemia

Em relação às contribuições do Iges-DF no enfrentamento à emergência sanitária causada pela covid-19, o diretor-presidente, que testou positivo para a doença no início de março, apresentou as ofertas à Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). “O Hospital de Base e o Hospital Regional de Santa Maria ofereceram, cada, 40 leitos para combate à covid-19, entre unidades de terapia intensiva (UTI), unidades de cuidados intermediários (UCI) e enfermaria. Essa oferta de novos leitos e espaços foi fundamental”, destacou.

De acordo com Occhi, mais de 20 mil atendimentos foram feitos nas seis Unidades de Pronto Atendimento do DF (Upas), geridas pelo instituto. “Nas Upas, nunca houve expectativa de atender pacientes com covid-19. Mesmo assim, oferecemos apoio com oxigênio e medicação. Foi um esforço grande, entendendo que Iges e SES são a mesma coisa e têm os mesmos interesses em atender a população”, completou o diretor-presidente.

Ex-ministro da Saúde, Gilberto Occhi foi indicado à chefia do Iges-DF em 8 de fevereiro. A Comissão de Educação, Saúde e Cultura da CLDF aprovou a indicação em 1º de março, seguida pela referendação do plenário da Casa, nove dias depois. Occhi tomou posse no instituto em 17 de março.

Assista à entrevista com o repórter Alexandre de Paula na íntegra:

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