COVID-19

Movimento de mulheres arrecada doações para infraestrutura de vacinação

Itens incluem materiais necessários na infraestrutura da vacinação, como tendas, caixas térmicas, aparelhos de ar condicionado e computadores

Ana Isabel Mansur
postado em 31/05/2021 18:34 / atualizado em 31/05/2021 18:35
 O movimento viabiliza doações diretas de empresas e sociedade civil às secretarias de saúde -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O movimento viabiliza doações diretas de empresas e sociedade civil às secretarias de saúde - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O núcleo do Distrito Federal do Grupo Mulheres do Brasil, que coordena o movimento Unidos pela Vacina no DF, tem mobilizado empresários para doações de materiais indicados pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) para a vacinação contra a covid-19.

No DF, o programa levantou as principais dificuldades na vacinação contra a covid-19 nas sete regiões de saúde, que abrangem as 33 regiões administrativas da capital federal, com 171 unidades básicas de saúde (UBSs), em 139 salas de vacinação e 50 pontos exclusivos para atendimento e vacinação contra a doença.

As notas fiscais das doações feitas ao DF somam R$ 137.325,07, relacionadas a 70,4 mil itens repassados. Outros 2.613 objetos estão em processo de compra. “As empresas se comprometeram e estão adquirindo para doá-los”, explica Raissa Rossiter, integrante do núcleo Unidos pela Vacina do DF e líder do comitê de políticas públicas do grupo Mulheres do Brasil.

Ela explica que o trabalho da iniciativa não é de fornecimento dos imunizantes, mas de apoio à viabilização da aplicação. “A meta é concluir a vacinação de todos os brasileiros até setembro de 2021. Para isso, nossa proposta é de apoio ao Plano Nacional de Imunização (PNI) e Sistema Único de Saúde (SUS). Não queremos substituí-los, mas mobilizar a sociedade civil e empresas a eliminar os gargalos envolvendo a vacinação contra a covid-19”, destaca.

Para identificar as principais dificuldades da imunização, o movimento Unidos pela Vacina, criado em janeiro e com mais de 3 mil participantes no país, aplicou pesquisas sobre demandas em 5.569 municípios brasileiros, por meio das secretarias estaduais e municipais de Saúde. No Distrito Federal, a iniciativa começou há cerca de dois meses e envolve 60 pessoas. O movimento viabiliza doações diretas de empresas e sociedade civil às secretarias de saúde.

Apoio

Raissa Rossiter destaca que a iniciativa busca apoio de empresas para ampliar a comunicação com a sociedade. “Estamos com campanhas e materiais prontos para divulgar e procurando patrocínios. Queremos estimular a sociedade a buscar a segunda dose da vacina e alertar para a importância da imunização”, avalia.

Nesta terça (1º/6), às 18h30, o grupo Mulheres do Brasil vai promover o evento virtual aberto ao público “Separados pela covid e unidos pela vacina: lições da pandemia”, com transmissão pelo YouTube. Vão participar Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, fundadora e presidente do Grupo Mulheres do Brasil e idealizadora do Movimento Unidos pela Vacina; Janete Vaz, do Grupo Sabin, fundadora do Grupo Mulheres do Brasil, conselheira do Núcleo Brasília/DF e empresária madrinha da Frente DF do movimento Unidos pela Vacina; e Socorro Gross Galiano, representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil.

“A live vai apresentar resultados da campanha e do movimento, para estimular mais pessoas e empresas a serem parceiras. Nossa meta é ter, até setembro, toda a população brasileira vacinada. Precisamos nos mobilizar e ser parceiros dos agentes de saúde, juntando forças para que o processo seja acelerado. Precisamos das vacinas em si, sim, mas infraestruturas e outros equipamentos podem ajudar a agilizar as aplicações”, conclui Raissa Rossiter.

Doações

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), uma das parceiras e patrocinadoras do movimento, doou 90 tendas para a montagem de pontos volantes de vacinação, o que aumentou a capacidade de aplicação das doses, e 40 tablets. As películas e capas protetoras foram fornecidas pelo grupo Mulheres do Brasil.

Com 27 computadores doados pela empresa de tecnologia da informação Microcity, Laboratório Sabin e Instituto Sabin, foi possível registrar 100 mil fichas de vacinação represadas. “As máquinas foram implantadas na Coordenação de Saúde Básica em ambiente conjunto, para agilizar os registros das aplicações”, descreve Raissa.

A Panebras doou 30 caixas térmicas para separação e transporte refrigerado adequado das ampolas de vacinação. Grupo de empresas envolvendo Eletrofig, Boticário e Denise Zuba Arquitetura repassou 15 aparelhos de ar condicionado para as salas de vacinação. Outras 100 caixas térmicas foram fornecidas pela empresa Gravia.

Pinheiro Ferragens doou 21kg de tecido para confecção de equipamentos de proteção individual (EPIs). Na semana passada, a Secretaria de Saúde firmou contrato com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) para a fabricação de toucas, capotes e máscaras para o DF, com mão de obra da penitenciária feminina por meio de oficinas de costura.

Outras instituições participantes do movimento Unidos pela Vacina no Distrito Federal incluem Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sistema Fibra, Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Centro Universitário Iesb e Rotary Clube.

Participe

Live Separados pela covid e unidos pela vacina: lições da pandemia

Terça-feira (1º/6), às 18h30

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