Homicídio

Após "saidão", presos disfarçados de garis matam homem a tiros no Paranoá

Os dois suspeitos haviam deixado o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), nesta quinta-feira (3/6). Eles cumpriam pena em regime semiaberto

Darcianne Diogo
postado em 04/06/2021 19:12 / atualizado em 04/06/2021 20:03
Dupla fugiu e correu em direção a um pinheiral, depois de roubar um carro e capotar na estrada -  (crédito: Redes sociais)
Dupla fugiu e correu em direção a um pinheiral, depois de roubar um carro e capotar na estrada - (crédito: Redes sociais)

Dois detentos liberados durante um "saidão" nessa quinta-feira (3/6) acabaram presos pela Polícia Militar (PMDF) após assassinarem um homem, nesta sexta (4/6), na Quadra 32 do Paranoá. A dupla usava uniformes de garis durante o crime e, depois, roubou um Renault Duster branco para fugir.

Fontes policiais informaram ao Correio que os dois suspeitos, identificados como Fernando Fagner e Vinícius, haviam deixado o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), após liberação autorizada pela Vara de Execuções Penais (VEP) para internos do regime semiaberto.

Um grupo de militares do 20º Batalhão Policial monitorava a Quadra 32 quando ouviu os disparos. Pouco depois, os PMs viram um Duster deixar a área próxima ao Conjunto D em alta velocidade. O motorista não teria obedecido a ordem de parada e seguiu para a DF-001, onde capotou próximo a um pinheiral. O vídeo abaixo mostra a ação:

Um dos ocupantes do carro trocou tiros com os policiais, segundo a PMDF, mas foi alcançado e detido sem ferimentos. O segundo envolvido que estava no automóvel também foi preso. O caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá). Os dois suspeitos serão submetidos a reconhecimento por testemunhas.

De acordo com o delegado-chefe da 6ª DP, Ricardo Viana, os homens invadiram a residência da vítima, identificada como Ronielly, 23 anos, e atiraram contra o jovem, que morreu no local. A suspeita é de que o homicídio tenha sido motivado por guerra entre gangues da região. No muro da casa da vítima, havia uma pichação com tom ameaçador: "Bala nos 6.8.10". A reportagem entrou em contato com a defesa de um dos envolvidos, Fernando Fagner. O advogado Afonso Lopes afirmou que o cliente permanecerá em silêncio e se manifestará apenas em juízo. 

No muro da casa da vítima, havia uma pichação em tom ameaçador
No muro da casa da vítima, havia uma pichação em tom ameaçador (foto: PCDF/Divulgação)

 

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