Saúde

GDF espera aplicar 186 mil segundas doses de vacina contra covid em julho

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal espera aplicar 186 mil doses de reforço no mês de julho. A pasta estuda medidas para levar vacina às populações mais vulneráveis; a ideia é fazer aplicações sem agendamento e convocar público com campanhas de comunicação

Samara Schwingel
postado em 15/06/2021 06:00
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press )
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press )

Com a baixa aplicação de segundas doses das vacinas contra covid-19, registrada na última semana no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde espera aplicar 186 mil reforços no próximo mês. Em junho, a expectativa é de que sejam aplicadas 28 mil. Especialistas ressaltam que a imunização completa é fundamental para combater o avanço da pandemia. Até o momento, 12 mil pessoas receberam a segunda dose desde 1 de junho. Ontem, 25.550 pessoas receberam a D1 (primeira dose) dos imunizantes e 238, a D2. No total, 782 mil primeiras doses foram aplicadas e 327 mil reforços desde o início da campanha em janeiro de 2021.

Durante coletiva realizada ontem no Palácio do Buriti, o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, afirmou que a meta do governo local é vacinar todas as pessoas residentes na capital federal. Para isso, ele reforçou que o GDF não usará as doses armazenadas para a segunda dose como primeira. Mesmo assim, o DF segue remanejando doses para avançar com a campanha de imunização.

Após o agendamento para pessoas com 50 anos ou mais ser suspenso ontem, a Saúde remanejou 6.500 vacinas e, às 17h, abriu novas vagas. “Nesse caso específico, a Secretaria de Saúde, analisando a dinâmica da vacinação e a forma que está fazendo o remanejamento, entendeu por bem abrir o agendamento mesmo sem doses para todos”, disse Gustavo. Segundo ele, será assim de acordo com a disponibilidade das vacinas, até que o DF receba mais unidades do Ministério da Saúde.

Outra novidade anunciada durante a coletiva foi em relação ao atendimento às populações mais vulneráveis. O secretário informou que o GDF estuda uma maneira de levar as vacinas para esse público sem a necessidade de um agendamento prévio. Segundo ele, uma força-tarefa, junto aos conselhos de saúde e administrações de algumas regiões, avalia a melhor forma de informar as pessoas que não têm acesso pleno às informações veiculadas na internet e em outros meios digitais.

Apesar disso, o governo descartou a realização de uma busca ativa dessa população. “Não faremos busca diretamente nas residências. Trabalharemos com informações”, explicou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. Os gestores, porém, não anteciparam quais seriam as regiões atendidas pela operação nem quando a operação deve começar.

Educadores
Mesmo com o atraso das vacinas da Janssen, fabricadas pela Johnson & Johnson — que eram esperadas para hoje, mas devem chegar entre amanhã e sexta-feira — a Secretaria de Saúde continua com o plano de aplicar todas as unidades entregues ao DF na imunização dos profissionais de educação da rede pública. O GDF espera receber 36,2 mil doses da nova vacina contra o novo coronavírus.

Enquanto as doses não chegam, a pasta trabalha junto à Secretaria de Educação para definir como será o atendimento a esse público. A ideia inicial era que todos fossem atendidos em pontos específicos até 23 de junho, para que, assim, fosse possível retomar as aulas presenciais em agosto. Com o atraso, a pasta aguarda receber as doses para divulgar a operacionalização do processo. “Por isso, vamos sempre passar uma posição daquilo que temos no dia”, justificou Gustavo Rocha, ao falar do atraso da Janssen.

Para os profissionais que atuam em redes privadas de ensino, ainda não há uma previsão para a vacinação contra a covid-19 no DF. De acordo com Okumoto, o governo aguarda a chegada e confirmação de mais imunizantes para ampliar a atual fase da campanha. “Não sabemos ainda quanto que chegará de D1 para que a gente possa fazer essa previsão. Então, devemos ter sempre o cuidado de falar sobre o que realmente temos em mãos para poder colocar em prática”, reforçou o secretário de Saúde.

Taxa de transmissão
A taxa de transmissão da doença, ontem, caiu para 0,95, após passar pelo menos cinco dias em 1. No mesmo período, o DF registrou 810 novos casos e 21 mortes pela covid-19. Assim, o total chegou a 418 mil infecções confirmadas e 8.976 óbitos desde o início da crise sanitária. Do total de mortes, 764 eram pessoas de outros estados, sendo 655 de Goiás e o restante de outras 14 unidades da Federação. Com as atualizações, a média móvel de casos chegou a 875, variação de menos 6,55% em relação há 14 dias. Já a mediana de mortes está em 21,43, valor 20% menor que o registrado há duas semanas.

A ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) voltados para o tratamento da covid-19, na rede pública, estava em 89,69%. Das 452 unidades, 174 estavam ocupadas, 20 vagas e 258 bloqueadas. Na rede particular, a ocupação era de 89,67%, sendo que, dos 300 leitos, 218 estavam com pacientes, 26 livres e 56 bloqueados. Na fila de espera por uma UTI havia 88 pessoas, sendo 15 delas com confirmação ou suspeita de infecção pela covid-19.

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Greve de enfermeiros

Durante o mês de junho, os enfermeiros do Distrito Federal vão se juntar às mobilizações nacionais pela aprovação do projeto de lei 2.564/2020. O PL estabelece o piso salarial nacional para profissionais da enfermagem. Entre panfletagem e manifestações pelas redes sociais, os profissionais farão paralisações de uma hora nos drive-thrus de vacinação contra a covid-19. O primeiro está marcado para 30 de junho, às 10h.

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