Ciência

Chuva de meteoros será vista 28 vezes por hora em Brasília nesta madrugada

A informação é da Rede de Monitoramento de Meteoros Brasileiros (Bramom), que calcula a taxa média nas capitais pelo país. Fenômeno deve ocorrer das 2h às 4h desta quinta-feira (12/8)

Pedro Marra
postado em 11/08/2021 23:19 / atualizado em 11/08/2021 23:25
 (crédito: AFP / Ye Aung THU)
(crédito: AFP / Ye Aung THU)

Os moradores de Brasília vão ter a oportunidade de ver a chuva de meteoros Perseidas 28 vezes por hora na madrugada desta quinta-feira (12/8). A informação é da Rede de Monitoramento de Meteoros Brasileiros (Bramom), que calcula a taxa média nas capitais pelo país. 

Segundo o professor de Física e Astronomia da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Brito, a constelação de Perseu – que dá nome ao fenômeno – nasce no nordeste por volta das 2h da manhã, com previsão de pico da explosão das 4h até o fim da madrugada.

“Então, para uma boa visualização, tem que ter o horizonte norte livre, e sem muitas luzes nesta direção. Esta chuva de meteoros são restos do cometa Swift-Tuttle que deixa na sua trajetória ao redor do Sol, e quando a Terra passa todo ano nesta região, atrai parte desses destroços”, explica o astrônomo.

O também astrônomo formado na UnB, Adriano Leonês, acrescenta que é preciso sair da cidade, onde há muita iluminação, e ir para uma região com pouca luz. “Tem que ser um local escuro e afastado da luminosidade da cidade, como uma zona rural. Aí é ficar olhando para o céu para identificar a chuva de meteoros”, explica o físico.

Segundo ele, o telescópio não é recomendado para observar a chuva de meteoros. “Se você não souber onde a chuva estiver, ele vai limitar muito o campo de constelação. O ideal é usar um binóculo para observar a chuva de meteoros. Dependendo do tamanho do binóculo, você consegue ver a constelação inteira”, complementa.

 

O astrônomo esclarece que o hemisfério sul costuma ter uma visão rasa da explosão de meteoros a olho nu. As cidades abaixo de 30 graus na latitude sul, do Rio Grande do Sul para baixo no país, por exemplo, não conseguirão ver a explosão no céu. “A gente está em uma posição em que a constelação de Perseu aparece rasa no céu, ficando um pouco acima do horizonte na direção norte. Por esse motivo, a gente não consegue ver a totalidade dela”, conclui Adriano.


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