DUPLO HOMICÍDIO

Justiça do DF mantém preso sargento da Aeronáutica que matou mulher e vizinho

Crime ocorreu em junho de 2019, no Cruzeiro Novo. Juenil Bonfim de Queiroz matou duas pessoas a tiros: a esposa dele, Francisca Naidde, e Francisco de Assis, vizinho do casal

Cibele Moreira
postado em 18/08/2021 22:39 / atualizado em 18/08/2021 22:41
Juenil segue preso preventivamente desde 13 de junho de 2019, data da audiência de custódia -  (crédito: Arquivo Pessoal)
Juenil segue preso preventivamente desde 13 de junho de 2019, data da audiência de custódia - (crédito: Arquivo Pessoal)

A Justiça do Distrito Federal determinou a manutenção da prisão preventiva do sargento reformado da Aeronáutica Juenil Bonfim de Queiroz. Ele foi preso em flagrante, em 12 de junho de 2019, pelo feminicídio de Francisca Naidde de Oliveira Queiroz, 57 anos — esposa do réu — e do vizinho deles Francisco de Assis Pereira da Silva, 42. O crime ocorreu no apartamento onde o acusado morava com a mulher, no Cruzeiro Novo.

prisão em flagrante foi convertida em preventiva no dia seguinte, durante audiência de custódia. A decisão pela manutenção partiu do juiz de direito substituto Frederico Ernesto Cardoso Maciel, do Tribunal do Júri de Brasília. O magistrado considera que não há fatos novos que justifiquem a revogação da medida de reclusão.

Disponibilizada em 11 de agosto, a determinação do juiz ressalta que a prisão preventiva de Juenil visa preservar a segurança da população. "Visto que a gravidade em concreto do fato praticado, demonstrado pelo modus operandi na prática do delito, demonstra que a liberdade do acusado expõe risco à garantia da ordem pública. Dessa forma, a medida se mostra adequada", afirma. 

O réu é acusado de matar as vítimas a tiros, após uma discussão do casal. Juenil acreditava que Francisca tinha um caso com Francisco. No entanto, o vizinho estava comprometido com Marcelo Soares Brito, 40, havia cinco anos.

Pouco antes do crime, Marcelo estava no apartamento de Francisca e Juenil. Ele gravou um vídeo do momento da discussão e presenciou o duplo assassinato. À época, Correio teve acesso ao material. Na filmagem, é possível ver o então sargento da Aeronáutica de pé na sala, enquanto os demais aparecem sentados no sofá.

Juenil faz repetidas acusações de que Francisco e Francisca teriam um caso, e os dois negam. Pouco depois, o acusado atira nas vítimas.

O réu responde por duplo homicídio qualificado, por feminicídio, por motivo torpe e por ter agido de maneira a impossibilitar a defesa das vítimas. O Correio tenta contato com a defesa de Juenil, mas, até a mais recente atualização deste texto, não teve retorno.

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