VIOLÊNCIA

Enterro de adolescente vítima de latrocínio em Ceilândia será nesta sexta-feira

Geoffrey Stony Oliveira, de 16 anos, foi vítima de latrocínio na quarta-feira. Polícia identificou criminosos que confessaram o crime e alegaram que o estudante teria reagido ao roubo

Darcianne Diogo
postado em 24/09/2021 06:00
Horas antes de atacarem Geoffrey, dupla havia roubado o celular de uma jovem nas proximidades  -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Horas antes de atacarem Geoffrey, dupla havia roubado o celular de uma jovem nas proximidades - (crédito: Material cedido ao Correio)

Continuam as buscas pela arma de fogo utilizada no latrocínio — roubo seguido de morte — que vitimou o estudante Geoffrey Stony Oliveira, de 16 anos, em Ceilândia, na quarta-feira. Ontem, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) localizou dois suspeitos de terem cometido o crime, um adolescente de 17 anos, que foi apreendido e encaminhado para Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA); e um jovem de 18, que está na 19ª Delegacia de Polícia (P Norte). O enterro de Geoffrey Stony Oliveira está marcado para esta sexta-feira (24/9), no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga.

Os dois jovens estavam escondidos na casa de um amigo, na QNN 19 de Ceilândia, local onde foram encontrados pela polícia. No momento da abordagem, os suspeitos e um colega usavam cocaína. Os agentes apreenderam as roupas supostamente usadas no dia do crime, calçados, além de uma das bicicletas que aparece na imagem do circuito segurança da QNP 5, rua onde Geoffrey Stony foi baleado durante o roubo de seu celular. A filmagem foi crucial para que as autoridades chegasse aos suspeitos. No vídeo, os dois aparecem pedalando minutos depois do assassinato do estudante.

Em depoimento na 19ª Delegacia de Polícia (P Norte), a dupla confessou o crime e alegou que, no momento do assalto, Geoffrey teria reagido e tentado pegar a arma da mão do adolescente, que efetuou o disparo contra o estudante. Minutos antes, a mesma dupla rendeu uma adolescente em um conjunto próximo, na QNP 5, também para levar o celular. A vítima reconheceu os assaltantes na unidade policial. “Vamos tentar encontrar a arma, que eles disseram ter jogado fora. Mas a autoria está completamente elucidada”, pontuou o delegado-adjunto da 19ª DP, Thiago Peralva.

Ficha criminal

Crimes por tentativas de homicídio, lesões corporais, tráfico de drogas, porte de arma e receptação. De acordo com a polícia, os envolvidos têm uma vasta e antiga ficha criminal. Os dois acumulam, juntos, ato infracional análogo aos crimes de tentativa de homicídio, lesões corporais, roubo, tráfico de drogas, porte de arma, furto e uso de drogas.

Geoffrey Stony foi assassinado quando saía da escola para esperar o pai, em frente a uma calçada, no final da manhã de quarta-feira. Enquanto aguardava o genitor, os criminosos o renderam, roubaram o celular e atiraram contra o estudante. O pai chegou ao local do crime em menos de dois minutos e, desesperado, colocou o filho no carro e o levou às pressas para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas a vítima não resistiu e faleceu.

Ontem, a instituição onde o adolescente estudava, o Centro Educacional 11 de Ceilândia (CED 11), amanheceu de portas fechadas. Em luto, o diretor Francisco Gadelha suspendeu as aulas presenciais e emitiu um comunicado de pesar. “Desejamos pêsames aos familiares e amigos, inclusive ao pai, que é funcionário da nossa secretaria. Que Deus conforte a dor de todos”, diz a nota, que também ressalta a importância do reforço do policiamento na área. As aulas retornam hoje.

O sepultamento de Geoffrey ocorrerá hoje no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga, mas o horário ainda não foi definido, pois, segundo familiares, o adolescente não tinha documento de identidade. Por causa disso, o pai precisou ir à Defensoria Pública do DF para solicitar a autorização, um trâmite legal em casos como esse.

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