Violência

Feminicídio seguido de suicídio em Ceilândia choca clientes do casal

Crime ocorreu na madrugada deste domingo. Segundo investigações, o homem não aceitava o pedido de separação da mulher. Eles eram donos do restaurante Querência do Sul

Pela primeira vez em anos, clientes e comerciantes da QNP 30 se depararam com as portas baixadas do restaurante Querência do Sul. A notícia de que o proprietário teria matado a mulher e se matado em seguida estarreceu a todos com quem a reportagem conversou.

Cadmiel Dutra tem uma loja de roupas ao lado do restaurante. "Aparentemente, era um casal tranquilo. Ela, uma mulher muito educada e discreta", define o comerciante de 33 anos. Os vizinhos de comércio se falam sempre sobre assunto de trabalho. "Eu conversava mais com o Gaúcho. Há uns meses ele disse que estava pensando em voltar para o azul e perguntou se eu não alugaria o ponto dele, rimos e eu disse que sim", relembra.

No período em que a reportagem esteve no local, presenciou as pessoas passando devagar e olhando para o estabelecimento. Um deles, estacionou o carro e conversava com uma senhora. Ambos eram clientes do restaurante e estavam perplexos com o crime. " O atendimento era excelente. Trabalhavam o marido, a mulher e a filha deles. Eu vi a menina grávida e hoje a filhinha dela deve ter uns 4 anos e também não sai daí", contou o tecnólogo em computação, Ênio Jesus, 45 anos.

Marcelo Ferreira/CB/DA Press - tecnólogo em computação, Ênio Jesus, 45 anos, era cliente do restaurante Querência do Sul

Relembre

Olívia Makoski, de 47 anos, foi morta pelo marido, Francisco de Assis Guembitzchi, 55 anos, na madrugada deste domingo (17/10). O homem não aceitava a separação do casal. Uma das hipóteses investigadas pela Polícia Civil do DF é que ele se matou logo depois de cometer o crime na residência do casal. 

O caso ocorreu em Pôr do Sol, Ceilândia. No local a PCDF apreendeu um revólver 38 e duas facas. "Possivelmente (as facas) foram usadas no crime. Mas só teremos a confirmação com o laudo pericial e também do IML (Instituto Médico Legal)", destaca Adriana Romana, delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam II), que investiga o caso. 

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