Crime

'Tinha muito sangue', conta morador sobre mulher morta a facadas

A mulher de 38 anos assassinada na Vila Cauhy costumava passar pela avenida principal, mas moradores não a conheciam. Crime ocorreu na madrugada desta quinta-feira (28/10)

Os moradores da Vila Cauhy tiveram uma madrugada agitada nesta quinta-feira (28/10). Por volta de 1h da manhã, uma mulher de 38 anos foi morta a facadas na avenida principal da Vila. No entanto, ela não morava no local e nem era conhecida dos moradores.

A equipe de reportagem esteve no local e conferiu a movimentação intensa na manhã desta quinta. Em relatos entrecortados, os moradores comentavam sobre o crime tentando elucidar o caso. Cada um acrescentava um pedaço ao mosaico da história ainda incompleta da vítima.

O crime é investigado pela 11ª Delegacia de Polícia. A mulher, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), chegou a ser socorrida e levada ao Hospital de Base, mas não resistiu aos ferimentos.

Os moradores relatam que chegaram a ouvir barulho durante a noite. Uma moradora que preferiu não ser identificada conta que a marido acordou de madrugada. "Eu ainda estava dormindo quando ele me chamou e disse que tinham matado uma mulher aqui na frente. Ele que ouviu a movimentação e o grito dela", conta.

Por volta das 3h40, a perícia e o Instituto Médico Legal (IML) continuavam na Vila. O relato é de uma comerciante da rua. "Acordei para ir ao banheiro quando ouvi o barulho da sirene da polícia e as luzes. Da janela do meu quarto vi o carro do IML e alguns policiais passando, mas não vi a mulher", narra.

Já Raimundo Nonato Pessoa Sousa, 59 anos, jardineiro e morador há 19 anos da Vila Cauhy, só soube do crime quando levantou para ir ao trabalho, às 6h. "Quando sai vi o sangue descendo a rua e aqui na minha calçada. Tinha sangue até na parede. Eu que lavei tudo", detalha.

Raimundo diz que a rua costuma ter certo movimento durante a noite, por isso não estranhou os barulhos da madrugada. "Nunca tinha acontecido um crime desses aqui, mas tem muito usuário de droga passando por aqui, estamos acostumados a ouvir zoada", relata. Enquanto aponta para os locais que precisou lavar, ele lembra: "tinha muito sangue", finaliza.