Cidadania

Nova Turma do Todas Elas é lançada nesta quinta-feira para todo o DF

Quarta turma do Programa Todas Elas vai atender 2,8 mil mulheres de baixa renda de todo o DF, a maior quantidade de beneficiadas da iniciativa. Live sobre o projeto começa às 18h

Correio Braziliense
postado em 15/12/2021 21:48 / atualizado em 15/12/2021 21:48
Esta é a quarta edição do Todas Elas, e diversas mulheres já passaram pelo programa -  (crédito: Sheylla Martins/FAC/Divulgação)
Esta é a quarta edição do Todas Elas, e diversas mulheres já passaram pelo programa - (crédito: Sheylla Martins/FAC/Divulgação)

A Fundação Assis Chateaubriand, em parceria com a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF), lança, nesta quinta-feira (16/12), a quarta turma do Programa Todas Elas. Nesta edição, a maior já realizada, serão atendidas 2,8 mil mulheres de baixa renda de todo o DF. No programa, as mulheres receberão formação empreendedora, apoio psicossocial, mentorias, premiações pelo desempenho e terão ainda acesso à microcrédito em condições especiais para investirem nos negócios.

O programa será lançado em uma live, às 18h, nos canais de YouTube da Secretaria da Mulher e da Comunidade Ei — Empreendedorismo e Impacto. A iniciativa foi criada para fomentar inclusão social e produtiva a fim de promover o desenvolvimento local. É uma estratégia de acesso à cidadania voltada para mulheres em situação ou risco de vulnerabilidade, que visa apoiá-las na transformação de seus múltiplos talentos em negócios.

Entre as mais de mil mulheres atendidas, o Todas Elas já apoiou artesãs, costureiras, empreendedoras da área da beleza, da limpeza e da gastronomia a encontrarem e melhor atenderem seus clientes, bem como a estruturarem seus negócios, precificarem seus produtos e serviços de maneira adequada e fazerem seus negócios crescerem.

Criado como uma iniciativa que contribui para o cumprimento da Agenda 2030, o Todas Elas desenvolve ações em prol de diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Colabora para erradicação da pobreza, igualdade de gênero, trabalho e crescimento econômico, erradicação das desigualdades, paz, justiça e instituições eficazes, parcerias e meios de implementação.

Todo o impacto do projeto é medido a partir de uma atuação baseada em dados, com o apoio de parceiros como o Centro Universitário IESB, que oferece suporte na medição e análise dos dados de impacto. Nas edições anteriores, o programa contribuiu para que 53% das mulheres tivessem aumento de renda e 65% se dissessem com maior autoconfiança e autoestima.

Para a professora Eda Machado, fundadora do IESB e diretora da Cátedra Unesco na instituição, além de contribuir com o protagonismo das participantes, a iniciativa permite aos nossos alunos serem agentes transformadores do mundo, colocando em prática competências técnicas e humanas. "Queremos, cada vez mais, transformar vidas, criar redes de apoio e possibilitar um futuro melhor para essas mulheres a partir da educação e do empreendedorismo”, destaca.

Em relação à igualdade de gênero, o projeto trabalha pelo empoderamento e autonomia financeira das mulheres, e reforça o papel central na sociedade. O deputado distrital Rodrigo Delmasso (Podemos), apoiador da edição, ressalta a importância do Todas Elas para o público feminino.

Na visão do parlamentar, o projeto traz às mulheres uma ressignificação de importância na sociedade. "Precisamos, todos os dias, não só reafirmar mas proporcionar ações que tenham como objetivo a inclusão e a valorização da mulher.

O lugar de mulher é onde ela quiser!"

Dados da Secretaria da Mulher mostram que mais de um terço das mulheres inscritas enfrenta algum tipo de conflito em casa, sendo que 26% delas passam por violência física. Por isso, trabalhar autonomia financeira para esse público é uma estratégia de enfrentamento a violências.

Para a chefe da pasta, Ericka Filippelli, a parceria é importante para incentivar a inserção das mulheres no empreendedorismo e no mercado de trabalho por meio da capacitação. "É preciso compreender que a autonomia econômica é fundamental para elas, e que, inclusive, é uma estratégia para quebrar um ciclo de violência. Uma mulher que se sustenta tem capacidade de escolha”, defende a secretária.

O programa funciona através do financiamento público ou privado de cada edição, unindo GDF, sociedade civil e empresariado. Além disso, conta com uma rede ampla de parceiros de diversas áreas para atender as mulheres participantes em suas necessidades, que são as mais diversas.

Os parceiros podem contribuir com atendimentos na área de psicologia ou jurídica, mentoria, prêmios para as mulheres que se destacarem, cestas básicas, certas verdes e vale-gás para aquelas que estejam em situação de maior vulnerabilidade, e até local para exporem os produtos ou fornecimento de insumos e matérias primas.

A Superintendente da Fundação, Mariana Borges, afirma que busca suprir lacunas que marcam as vidas dessas mulheres. "E isso só é possível graças a uma rede de parceiros que enxergam seu potencial e apostam nessas mulheres como uma estratégia não só para transformação de suas vidas, mas também de transformação de toda uma sociedade", analisa.

O Correio Braziliense é parceiro do Todas Elas e também aposta no empreendedorismo como estratégia de superação da crise e das desigualdades, bem como das violências e vulnerabilidades a que estão expostas essas mulheres.

Serviço

Inscrições: a partir de 16 de dezembro de 2021

Live: Canais de YouTube da Secretaria da Mulher e da EI - Comunidade de Empreendedorismo e Impacto.

Mais informações: facbrasil.org.br/todas-elas

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