TRÂNSITO

Cratera na Chapada dos Veadeiros fará motorista andar 83km a mais

Alternativa para se chegar até Cavalcante (GO) passará por Colinas do Sul (GO). Segundo o governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM), trecho da rodovia com o buraco será totalmente interditado

Samara Schwingel
Ana Isabel Mansur
postado em 27/12/2021 23:10
Devido ao buraco, o caminho de Alto Paraíso à Cavalcante passou a ter 172km. Antes, eram 88,9km -  (crédito: Arquivo pessoal)
Devido ao buraco, o caminho de Alto Paraíso à Cavalcante passou a ter 172km. Antes, eram 88,9km - (crédito: Arquivo pessoal)

O caminho alternativo de Alto Paraíso (GO) a Cavalcante (GO), para desviar do trecho da rodovia GO-118 interrompido por uma cratera, será 83,3km maior do que a rota original. Partindo de Alto Paraíso, será necessário seguir 71,6km até Colinas do Sul (GO) e, em seguida, percorrer 101km para Cavalcante. Antes, o caminho direto entre os dois municípios somava 88,9 km. Teresina de Goiás, outro local da Chapada dos Veadeiros afetado pelo enorme buraco, fica a 23,5km de Cavalcante. 

A decisão de apresentar o caminho por Colinas do Sul como desvio surgiu depois de uma reunião nessa segunda-feira (27/12), da qual participaram a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), o governo de Goiás e os representantes do Executivo dos municípios prejudicados pela cratera. Segundo o governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM), o trecho da rodovia com a cratera será completamente interditado. A via, fechada desde sábado (25/12), chegou a ter uma pista liberada para carros leves e veículos de emergência, no domingo (26/12).

O governador Ronaldo Caiado deu a autorização para que as obras de desvio e de reparação da rodovia comecem. "Aguarda-se uma diminuição do volume de chuvas", afirmou o chefe do Executivo goiano. Nessa segunda-feira (27/12), Caiado realizou uma vistoria no local em que a cratera se abriu. Ele explicou que, devido ao isolamento dos moradores de Cavalcante e de Teresina de Goiás, o governo do estado determinou o envio de cestas básicas e a instalação de uma base do Corpo de Bombeiros em uma cidade próxima, a fim de atender as pessoas e auxiliar no deslocamento, até que as obras sejam concluídas. "Neste primeiro momento, vamos chegar com as cestas básicas e todo o aparato dos bombeiros", adiantou. 

O presidente da Goinfra — concessionária responsável pelo trecho —, Pedro Sales, esteve na rodovia, nessa segunda-feira (27/12), e informou que o maquinário e a empresa para a obra estão contratados e prontos para uso. "O início imediato só aguarda as condições climáticas favoráveis para o trabalho", reforçou. A GO-118, que interliga os municípios goianos de Alto Paraíso, Teresina e Cavalcante, foi parcialmente engolida por uma cratera na última semana. Um carro com cinco pessoas caiu do penhasco na noite de sexta-feira (24/12). Felizmente, os passageiros tiveram ferimentos leves. Desde a abertura da cratera, os moradores de Teresina e Cavalcante estão isolados. O enorme buraco está próximo à fazenda Quali Peixe, a 25km de Teresina, município distante 60km de Alto Paraíso.

Turismo

A enorme cratera não afeta o acesso de brasilienses a boa parte dos locais da Chapada dos Veadeiros. Partindo da capital federal, destinos como Alto Paraíso, São Jorge, São João d'Aliança e Colinas do Sul estão com o trajeto livre de incidentes. 

O percurso de Brasília até Alto Paraíso abarca as rodovias BR-020 e BR-010. Para ir de Alto Paraíso à vila de São Jorge, o viajante precisa percorrer a GO-239. A mesma via deve ser atravessada para chegar a Colinas do Sul, distante 35km de São Jorge. A cratera também não afeta o caminho entre Brasília e São João d'Aliança, embora o percurso envolva a GO-118. O buraco está localizado no outro sentido.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação