Entrevista

Corredor Eixo Oeste é prioridade para secretário de Obras e Infraestrutura do DF

Ao CB.Poder, o secretário Luciano Carvalhoa adianta que o Túnel de Taguatinga será entregue até o meio do ano. Intervenções na Hélio Prates estão avançadas. No Setor Policial, viadutos serão erguidos. Na W3 Sul, as calçadas das quadras 700 passarão por melhorias

Pedro Marra
postado em 28/12/2021 06:00
 (crédito:  Minervino Júnior/CB)
(crédito: Minervino Júnior/CB)

Obras de mobilidade urbana, de requalificação e entregas. Ao programa CB.Poder — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília — o secretário de o secretário de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal, Luciano Carvalho, garante que alguns trabalhos de ligação do Corredor Eixo Oeste devem ficar prontos em 2022, como o Túnel de Taguatinga. O caminho sai da Avenida Hélio Prates, passa pela Estrada Parque Taguatinga (EPTG), pela Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) e pelo Setor Policial Militar (SPM). "É um projeto grandioso que vai mudar a característica do transporte coletivo para a região Oeste", assegurou à jornalista Adriana Bernardes, nessa terça-feira (27/12).

E que fase está a obra do Corredor Oeste, que passa pela Hélio Prates, pelo Túnel de Taguatinga, Setor Policial Sul, Setor Comercial Sul e pela Epig?

É um projeto longo, que começou a ser desenvolvido há bastante tempo, e conseguimos colocar em prática tudo isso. Temos obras em todas as áreas. Na Hélio Prates, dividimos em três etapas: a primeira está em andamento; a segunda etapa, em licitação; e a contratação deve acontecer no primeiro trimestre do ano. O Túnel de Taguatinga está 60% pronto, e a nossa ideia é entregar a obra no meio do ano que vem. No Setor Policial Militar, temos duas obras contratadas: dois viadutos, perto do entroncamento com a W3 Sul, que vão fazer a interligação com o Terminal Asa Sul para facilitar o acesso dos ônibus de transporte coletivo. E vamos implementar um corredor exclusivo de ônibus na via do Setor Policial Militar. Essa obra está contratada e iniciada.

No viaduto da Epig, como está o andamento das obras por lá? Tem previsão de início?

No lado da Epig, temos uma obra contratada, que é o viaduto que faz ligação do Sudoeste com o Parque da Cidade. Licitamos neste mês R$ 160 milhões de obras para fazer a implantação do corredor de ônibus na via Epig, que vai até o Eixo Monumental. Com isso, vamos ter a interligação do Sol Nascente, Ceilândia, EPTG e do Setor Policial Militar. É um corredor maravilhoso que, para o transporte coletivo, vai ser um benefício grande. Temos uma estimativa de até o mês de abril começar essas obras. São longas, até pelo investimento de R$ 160 milhões. Então, é um contrato que deve ter duração de 36 meses. Mas o início será em 2022, com certeza.

E quanto à obra no Eixo Norte, para pessoas que moram em Planaltina e Sobradinho, que vêm para o Plano Piloto?

Fizemos a entrega do Trevo de Triagem Norte como um todo. É uma obra importante, que facilitou demais para as pessoas que moram na região. São, aproximadamente, 100 mil veículos que passam por dia. Vamos fazer um viaduto novo, para facilitar o acesso a Sobradinho e, com isso, desafogar o trânsito na BR-020.

Nessas obras de grande porte, quais elementos vão ter para quem anda a pé ou de bicicleta?

Todas as obras de grande porte, como implantações de viadutos e vias expressas, estão sempre vindo acompanhadas com ciclovias e com calçadas acessíveis. Então, tudo isso ajuda ao transporte coletivo ou individual não motorizado.

A W3 Sul passou por uma requalificação de algumas quadras. Esse projeto avança?

A W3 Sul está 100% requalificada da 502 até a 516. É uma avenida icônica de Brasília, com uma importância histórica grande, e a gente quer que ela volte a ganhar relevância comercialmente falando. O governador pediu que a gente fizesse o projeto das calçadas das 700, que acabaram ficando fora dessa primeira etapa. É uma licitação que deve acontecer em janeiro. As faixas preferenciais de ônibus serão feitas em concreto, o que dá durabilidade e resistência maior ao longo do tempo. Além disso, o governador pediu para a Seduh expandir o projeto para a W3 Norte.

No Sol Nascente, quais as melhorias realizadas pela Secretaria de Obras e Infraestrutura?

No Sol Nascente, tivemos que encerrar os contratos no final de 2019. Então, ao longo de 2020 e no primeiro semestre de 2021, desenvolvemos projetos novos da região. Isso ocorreu, principalmente, em função da mudança na ocupação do setor. Os projetos foram desenvolvidos para uma determinada ocupação. Antes de sermos contratados, a ocupação mudou completamente. Por exemplo, onde existia previsão de ruas, há casas. Com isso, tem que se mudar a concepção de projeto de rede, de pavimentação e criar novas ruas. Desenvolvemos novos projetos, que resultaram em
R$ 220 milhões de obras. Iniciamos as obras do Trecho 2, que são R$ 16 milhões de contrato, e temos mais R$ 200 milhões em licitação: R$ 50 milhões para o Trecho 1 e parte do Trecho 3; e mais R$ 150 milhões para o restante do Trecho 3, com apenas 35% das obras iniciais executadas. As licitações estão marcadas para ocorrer em 18 e 19 de janeiro, para iniciar com prazo máximo de quatro meses.

Vicente Pires, com parcelamento irregular do solo, são muito comuns os alagamentos. Há solução para aquela região?

Vicente Pires está 95% solucionada. É um grande avanço que a gente conseguiu. A gente equacionou os problemas de condução das obras. Temos mais contrato em andamento, em torno de R$ 33 milhões, assinado em junho de 2021, e que vai se finalizar em junho de 2022. Tem mais um projeto, para o Lote 2, na região de chácaras do Córrego Samambaia, em torno de R$ 50 milhões, (que vai ser feito) basicamente os mesmos trabalhos de infraestrutura: drenagem, pavimentação e calçadas. É um trecho de Vicente Pires que acabou não sendo beneficiado por obras por problemas devido a contrato antigo, em que a empresa decidiu não avançar. As obras começaram de maneira inversa. A primeira coisa que você tem que fazer em um sistema de drenagem é a bacia, o local que recebe a água. Então, a gente inverteu a lógica da obra para uma boa técnica. Se faz a bacia, a rede, o pavimento, e não acontecem essas cenas desagradáveis da chuva levar tudo.

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