Investigação

"Recebeu o que procurou", diz tia de jovem assassinada por Wanderson Mota

Em entrevista ao Correio, a doméstica Helena Aparecida, 37, tia de Raniere Aranha, contou que a família sente-se aliviada com a notícia de que Wanderson foi encontrado morto dentro da cela. O acusado aguardava por julgamento

Darcianne Diogo
postado em 18/01/2022 20:49 / atualizado em 18/01/2022 20:50
Wanderson Mota foi encontrado morto em cela de presídio -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Wanderson Mota foi encontrado morto em cela de presídio - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Familiares de Raniere Aranha, 19 anos, jovem assassinada pelo companheiro Wanderson Mota, 21, se dizem “aliviados” ao saberem da morte do caseiro. Preso desde 4 de dezembro no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia — distante cerca de 218km de Brasília —, Wanderson foi encontrado morto dentro da cela na manhã desta terça-feira (18/1).

Wanderson foi preso após matar a namorada grávida de 4 meses, a enteada Geysa Aranha, de 2 anos e 9 meses, e o fazendeiro Roberto Clemente de Matos, 73. Em entrevista ao Correio, a doméstica Helena Aparecida, 37, tia de Raniere, contou que a família sente-se aliviada com a notícia. “Sei que é errado desejar a morte do autor, mas ele recebeu o que mereceu”, desabafou. Raniere havia se mudado há pouco mais de 30 dias para a chácara onde Wanderson era caseiro, em Corumbá de Goiás. A jovem estava grávida do companheiro quando foi assassinada a facadas dentro da própria casa.

“Não vamos trazer ela (Raniere) de volta, mas é um alívio saber que ele não será solto e não fará essa maldade com mais ninguém. Tínhamos medo de que ele pudesse ser liberado a qualquer momento. Não está sendo fácil lidar com o luto. Bate um desespero, mas estamos caminhando”, afirmou Helena.

Raniere e a filha Geysa foram veladas em 29 de novembro em clima de comoção e revolta, no Velório São Miguel, em Corumbá. Um dia depois, as duas foram sepultadas.

Morte


Na manhã desta terça-feira, enquanto os servidores do Núcleo de Custódia da unidade prisional entregavam o café da manhã nas celas, encontraram Wanderson desacordado, segundo informações da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (Dgap).

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceram ao presídio e atestaram o óbito de Wanderson. Em nota, a Dgap informou que o preso estava sozinho na cela e foi encontrado pendurado com um lençol no pescoço. “O ocorrido também foi repassado à Polícia Civil para as investigações pertinentes. O Instituto Médico Legal foi até o local para a retirada do corpo e demais procedimentos.”

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) investiga a causa da morte e aguarda o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML).

 

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  •  04/12/2021. Crédito: Ed Alves/CB/DA.Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Wanderson é suspeito de ter matado a facadas, no último domingo (28/11), a namorada grávida de quatro meses, a enteada, de 2 anos e 9 meses, e um fazendeiro, de 73 anos, com um tiro na cabeça, em Corumbá de Goiás. A ficha criminal do autor incluem tentativa de feminicídio, latrocínio (roubo seguido de morte) e homicídio
    04/12/2021. Crédito: Ed Alves/CB/DA.Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Wanderson é suspeito de ter matado a facadas, no último domingo (28/11), a namorada grávida de quatro meses, a enteada, de 2 anos e 9 meses, e um fazendeiro, de 73 anos, com um tiro na cabeça, em Corumbá de Goiás. A ficha criminal do autor incluem tentativa de feminicídio, latrocínio (roubo seguido de morte) e homicídio Foto: Ed Alves/CB
  • Familiares e amigos dão o último adeus a Raniere Aranha, 19 anos, e à filha dela, Geysa Aranha, 2 anos e 9 meses. As duas foram enterradas nesta terça (30/11), no cemitério São Miguel, em Corumbá de Goiás
    Familiares e amigos dão o último adeus a Raniere Aranha, 19 anos, e à filha dela, Geysa Aranha, 2 anos e 9 meses. As duas foram enterradas nesta terça (30/11), no cemitério São Miguel, em Corumbá de Goiás Foto: material cedido ao Correio
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