Quase 90% dos habilitados a receber moradia social no DF aguardam convocação

Pesquisa divulgada nesta terça-feira (8/2) revela que pouco mais de 10% dos brasilienses inscritos para participar de programas sociais foram chamados pela Codhab. Companhia justifica que situação ocorre devido à quantidade de cadastros diários

Ana Isabel Mansur

postado em 08/02/2022 19:09 / atualizado em 08/02/2022 20:58

Em relação ao acesso a serviços básicos, estudo mostra que há postos de saúde perto de 86% das moradias e escolas nas proximidades de 90% dos imóveis - (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Entre os brasilienses aptos a participar de programas para concessão de moradias sociais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), apenas 12,3% fazem parte dos contemplados, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (8/2). Em números absolutos, 50.276 pessoas conseguiram se tornar beneficiárias de algum programa social nesse âmbito, enquanto 359.097 (87,7%) aguardam chamamento.

A pesquisa que apresenta esses dados foi elaborada por meio de parceria entre a Codhab, a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). Procurada pelo Correio, a Codhab justificou que, "como as inscrições continuam abertas, o número de candidatos acaba sendo maior que a oferta de unidades habitacionais, pois a todo momento pessoas estão se inscrevendo no programa".

A Codhab acrescentou que tem implementado políticas habitacionais "de forma diferenciada, como o Lote Legal", além de parcerias com entidades e associações, para "ampliar a oferta de imóveis e, consequentemente, diminuir o tempo de espera (dos inscritos) na lista".

Infraestrutura

Apesar do baixo número de contemplados, é amplo o acesso a serviços próximos às residências dos atendidos pela Codhab — um dos aspectos verificados pela pesquisa. Há postos de saúde perto de 86% das moradias ofertadas, e escolas estão nas redondezas de 90% dos imóveis. 

Comércios e serviços ficam perto de 94% das habitações e o transporte público está acessível para 95% das unidades. Em relação a delegacias e postos policiais, eles ficam nos arredores de 71% das residências. O menor valor percebido foi em relação à assistência social: 61% das famílias vivem perto de serviços desse tipo.