Comércio ilegal

Trio que comprava armas com registro do Exército para revender é preso

A prisão ocorreu nesta quinta-feira (17/2), em Planaltina-GO, o grupo era composto por duas mulheres e um homem e irá responder pelo crime de comércio ilegal de armas e munição e organização criminosa

*Yasmim Valois
postado em 17/02/2022 14:19 / atualizado em 17/02/2022 14:27
Armas, munições e máquinas de cartão apreendidas na Operação Pista Quente -  (crédito: Divulgação PCDF)
Armas, munições e máquinas de cartão apreendidas na Operação Pista Quente - (crédito: Divulgação PCDF)

Duas mulheres e um homem foram presos nesta quinta (17/2) acusados de comprar armas de grosso calibre e vender para criminosos na capital federal e Entorno. O trio foi localizado em Planaltina de Goiás graças as investigações da Operação Pista Quente a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A polícia começou a monitorar os suspeitos após uma apreensão de dois fuzis em Sobradinho no dia 6/2. Segundo as investigações, eles usavam registro de caçador, atirador e colecionador emitido pelo Exército para comprar o armamento e fornecer para organizações criminosas. Assim que essas armas eram apreendidas, eles registravam o boletim de ocorrência on-line, ele era feito remotamente justamente para que não houvesse possibilidade de fazer perícia no local do suposto furto. De acordo com as investigações havia planos para expandir o comércio, ofertando fuzis.

O delegado Hudson Maldonado da 13ª DP esclarece sobre como funcionava o esquema. “Eles vendiam as armas, mas elas permaneciam no nome deles, justamente, porque eles tinham o certificado de registro. Quando essas armas eram aprendidas em alguma operação policial, como ocorreu no ano passado, em 2021, eles eram comunicados e imediatamente faziam o registro de furto pela internet para dizer que por exemplo, a arma foi apreendida ontem, mas no mês passado ela foi furtada da gente e assim se esquivar a ação da polícia, para dizer que não venderam a arma pra ‘fulano’ e sim que ela foi furtada e não sabiam como ele havia adquirido”, explica o delegado. Ainda de acordo com o investigador, havia a pretensão 

As investigações ainda estão em andamento para averiguar o destino desses armamentos e o possível envolvimento em outros membros. A polícia pretende confirmar se os autores utilizavam a prerrogativa do registro ativo por CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) para o tráfico de armas, tentando aparentar que suas atividades criminosas eram legais. 

De acordo com a polícia, o Exército Brasileiro vem adotando todas as providências necessárias quanto ao Certificado de Registro (CRs) dos investigados. O grupo irá responder pelos crimes de comércio ilegal de armas e munição e organização criminosa.

*Estagiária sob a supervisão de Juliana Oliveira

 

 

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