Meio ambiente

Cadê a onça do Lago Oeste? Animal é procurado após atacar cavalos e galinhas

BPMDF ainda trabalha para capturar o animal responsável pelos ataques em fazendas da região. Em vídeo feito por moradores da região, um animal de grande porte passeia pela região

Renata Nagashima
postado em 09/03/2022 14:38 / atualizado em 09/03/2022 14:38
Imagem do vídeo capta os passos de um animal de grande porte -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Imagem do vídeo capta os passos de um animal de grande porte - (crédito: Material cedido ao Correio)

As buscas pela onça-parda que atacou e matou animais no Altiplano Leste, no Paranoá, completam 20 dias nesta terça-feira (9/2) e continuam. Militares do Batalhão Ambiental (BPMA) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) fazem o monitoramento na região para identificar e capturar o felino desde 27 de fevereiro. Em princípio, foi levantada a hipótese de que o animal estaria acompanhado de um filhote, devido às pegadas de tamanhos diferentes encontradas na mata.

Segundo o comandante da operação, o tenente Tales Filipowitz, o BPMA está na terceira fase de monitoramento. “Teve o monitoramento inicial, depois na segunda fase. E agora está numa terceira fase, junto com o Ibram, que foi lá para nos auxiliar também na instalação dessas câmeras”, explicou.

A última atualização, de acordo com Filipowitz, foi a instalação de uma armadilha especifica para a captura desse tipo de animal, emprestada pelo Zoológico de Brasília. “A gente colocou uma isca e várias câmeras também, porém a onça deu uma sumida”, acrescentou.

Além disso, um morador relatou aos policiais que teria visto o animal na região, mas a informação não se confirmou. “Não foi relatado nenhum outro ataque, mas a gente está com a armadilha e diariamente as guarnições passam lá, sem interferir muito no ambiente para poder monitorar essa armadilha”, completou o comandante.

Ao Correio, o presidente da Associação dos Produtores Rurais do Altiplano Leste, Randolfo Martins de Oliveira, disse que os moradores do local seguem aguardando novidades, mas que suspeitam que a onça tenha ido para outra região. “Estamos no compasso de espera, até agora nada da onça. Achamos que houve muito barulho e ela desceu para o rio São Bartolomeu”, apontou.

Recomendações

O Ibram recomenda que quem reside próximo a matas deve manter uma boa “convivência” com animais predadores e não caçá-los. Além disso, é aconselhável o uso de cercas para evitar que animais domésticos entrem na mata. Esses animais domésticos também devem ser recolhidos ao anoitecer. Moradores também devem desfazer-se corretamente dos corpos de animais mortos, a fim de impedir que sejam devorados por felinos, que podem desenvolver a tendência de consumi-los. O Ibram também recomenda que as pessoas evitem aproximar-se ao avistar um animal desse tipo.


Relembre

Na madrugada do dia 13 de fevereiro, duas éguas foram atacadas, supostamente pela onça, em um haras da região. Um dos animais foi encontrado ferido e o outro, morto embaixo de uma árvore, com ferimentos no pescoço e na região da barriga. Dono do haras no qual as éguas viviam, Marco Antônio Sampaio Filho contou que os ataques começaram em 6 de fevereiro.

Na ocasião, 11 galinhas foram mortas. “E entrou novamente de sábado para domingo e matou uma potra e deixou outra ferida. A gente já contatou a polícia ambiental e eles estão aqui montando armadilhas e câmeras de detecção para encontrar a onça e capturá-la”, relatou o advogado.

De acordo com o presidente da Associação dos Produtores Rurais do Altiplano Leste, Randolfo Martins de Oliveira, a onça vem aparecendo desde novembro do ano passado. “Em novembro e dezembro foi detectada a presença de felinos da região. Em janeiro, houve uma filmagem deste animal e a gente constatou que era uma onça”, contou.

Na chácara de outro morador, o bicho matou seis ovelhas e uma delas foi encontrada a 200 metros do local onde as outras estavam, já dentro da mata, próximo à propriedade. “Essas situações foram relatadas às autoridades, que já estão na região fazendo a confirmação do animal, e em seguida fazendo a captura para que seja removido em segurança e com vida para outro local”, completou Randolfo.

Um vídeo gravado por moradores, cedido ao Correio, mostra um animal de grande porte andando pela região, próximo a uma chácara. Confira:

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