Investigação

Auditores fiscais do DF Legal são presos em operação por corrupção

Na manhã desta sexta-feira (20/5), a Polícia Civil cumpriu três mandados de prisão temporária, sendo dois contra agentes do DF Legal, além do cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão

Correio Braziliense
postado em 20/05/2022 11:40 / atualizado em 20/05/2022 15:56
A polícia cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em várias regiões -  (crédito: Ascom/PDCF)
A polícia cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em várias regiões - (crédito: Ascom/PDCF)

Agentes do DF Legal foram presos, na manhã desta sexta-feira (20/5), em uma operação policial que investiga supostos crimes de corrupção. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCor), cumpriu dois mandados de prisão temporária expedidos contra os auditores fiscais e um terceiro mandado contra uma pessoa que seria responsável por captar clientes e fazer a intermediação das negociações com os servidores públicos, enquanto estes executavam as ilegalidades.

Além dos mandados de prisão, a polícia também cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em diversas regiões da capital e nas cidades de Alexânia e Goiânia. Segundo o delegado-chefe da DRCor, Rogério Dantas, os clientes identificados na investigação também foram alvo de buscas.

Segundo os investigadores, um dos auditores fiscais investigados está aposentado, mas fingia estar trabalhando para praticar as irregularidades mencionadas. Até o momento, os presos podem responder pelos crimes de associação criminosa, concussão e corrupção. As penas somadas podem chegar a 27 anos de prisão.

Chamada de Operação Ludíbrio, a ação também investiga outras pessoas. A PCDF contou com apoio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Investigação e irregularidades

Depois de receber denúncias anônimas, a polícia deu início às investigações e descobriu elementos que indicam que os investigados estariam recebendo e cobrando por vantagens indevidas para não fiscalizar determinados imóveis e pessoas.

Além disso, os criminosos também receberiam para emitir autorizações diversas, como Alvarás de Construção e Cartas Habite-se, e para reduzir ou extinguir, ilicitamente, débitos e taxas. Outras irregularidades verificadas pela polícia envolvem o cancelamento irregular de autos de infrações, embargos e interdições e o repasse de informações sigilosas sobre data e local de ações fiscalizatórias.

De acordo com os investigadores, o DF legal colaborou com a Polícia Civil. A Operação Ludibrio contou com a participação de 100 policiais e recebeu esse nome por ser sinônimo de engano após ficar constatado que os investigados agiram de má-fé, ludibriando as ações fiscalizatórias estatais.

Em nota, a secretaria informou que apura os fatos e coopera com a investigação. Confira a nota na íntegra:

"A Secretaria DF Legal informa que cooperou desde o primeiro momento com todas as informações. A pasta informa ainda que não coaduna com nenhum tipo de irregularidade e é pautada pela transparência e honestidade de seu trabalho para a população do Distrito Federal. A secretaria destaca que já abriu processo em sua corregedoria interna para a devida apuração dos fatos"

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