Feminicídio

Suspeito de matar mulher encontrada carbonizada é preso

Wallace Eduardo, 34 anos, era namorado de Marina Paz, 30, e confessou o crime. Segundo o suspeito, ele matou a mulher após uma discussão

Renata Nagashima
postado em 23/05/2022 15:18 / atualizado em 23/05/2022 15:19
Marina Paz Katriny, de 30 anos, foi encontrada morta e com o corpo parcialmente carbonizado -  (crédito: Reprodução/Redes sociais )
Marina Paz Katriny, de 30 anos, foi encontrada morta e com o corpo parcialmente carbonizado - (crédito: Reprodução/Redes sociais )

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na manhã desta segunda-feira (23/5), o suspeito de matar Marina Paz Katriny, 30 anos. A mulher foi encontrada morta e com o corpo parcialmente carbonizado, na última quarta-feira (18/5), na BR-070, em Taguatinga Norte. Wallace Eduardo, 34 anos, era namorado da vítima e será indiciado por feminicídio qualificado.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Mauro Aguiar, da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), durante o interrogatório, Wallace confessou que matou a namorada e detalhou o crime. “Ele nos levou ao local e, inclusive, mostrou a pedra que usou para matar a vitima”, contou o delegado. A pedra foi apreendida ainda com sangue de Marina.

Os dois tinham um relacionamento de cinco meses, bastante conturbado, de acordo com o investigador. Na DP, Wallace alegou que era humilhado pela namorada e, no dia do crime, após ingerirem bebida alcoólica e usarem cocaína, eles discutiram. Segundo Mauro Aguiar, o acusado disse que Marina entrou na mente dele e foi quando ele pegou a pedra e a acertou.

Ao Correio, a irmã de Marina, Rosimeire Paz, 38 anos, contou que o relacionamento era conturbado. “Eu cheguei a conhecer esse último namorado. Ele era muito possessivo, tinha muitos ciúmes porque ela sempre teve amizade, sempre gostou de sair com os amigos”, disse. Além disso, segundo a irmã, há cerca de um mês Marina perdeu um bebê de quatro semanas e ainda estava se recuperando.

  • Marina Paz Katriny, de 30 anos, foi encontrada morta e com o corpo parcialmente carbonizado Reprodução/Redes sociais
  • Marina Paz Katriny, de 30 anos, foi encontrada morta e com o corpo parcialmente carbonizado Reprodução/Redes sociais
  • Marina Paz, 30, foi encontrada com o corpo parcialmente carbonizado em mata perto da BR-070, na manhã de quarta-feira (18/5) Reprodução/Redes sociais
  • Marina Paz, 30, foi encontrada com o corpo parcialmente carbonizado em mata perto da BR-070, na manhã de quarta-feira (18/5) Reprodução/Redes sociais
  • Marina Paz, 30, foi encontrada com o corpo parcialmente carbonizado em mata perto da BR-070, na manhã de quarta-feira (18/5) Reprodução/Redes sociais

Entenda

O corpo de Marina foi identificado por amigos e familiares depois de verem fotos das tatuagens da atendente de uma loja de roupas. A reportagem apurou que o namorado da vítima era ciumento e o casal, que brigava com frequência, terminava e voltava constantemente. Um amigo próximo de Marina, que não quis se identificar, falou ao Correio que uma amiga mais próxima da mulher ligou e disse "mataram a Mari", e outro amigo foi ao IML reconhecer o corpo. Ele conta que, quando viu as fotos das tatuagens, confirmou que se tratava de Marina.

Outro amigo de Marina, que também quis manter a identidade em sigilo, relata que aconselhava a mulher a se afastar de pessoas que ela achava serem amigas. "Pedi para ela ser mais seletiva em relação às pessoas, principalmente no relacionamento, porque ela teve um ex que batia nela e ela aturou dois anos", conta. Ele acrescenta que ela queria ser mãe. "Ela brincava comigo que estava na hora, porque chegou aos 30", afirma. Ele assegura que, quando Marina começou a namorar, ela se afastou. "Dói tanto saber dessa notícia", lamenta.

O corpo da vítima foi sepultado na manhã de domingo (22/5), em Rio Branco, no Acre, onde Marina nasceu. Ela veio para o DF em 2016, com uma tia, para tentar uma vida melhor. Amiga de Marina, Franciane Ferreira da Silva, 29, contou ao Correio que ela era uma pessoa de muitos amigos, sorriso contagiante, coração enorme e que confiava em todo mundo. "Agora sei que o sorriso dela está contagiando os anjos no céu, ele sempre estará em nossos corações, e a justiça será feita, eu creio! Foram muito cruéis com ela, ela não merecia isso e não vai passar impune”, disse.

 

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