Economia

Brasília vira capital dos barcos com o Internacional Bombarco Show

Evento para entusiastas náuticos movimentou o clube Cota Mil e a internet, com lives. Cerca de 30 veículos estavam expostos e disponíveis para test-drive

Pedro Ibarra
postado em 12/06/2022 17:00
 Evento Nautico Internacional BomBarco show no cota Mil.  -  (crédito:  Pedro Ibarra/CB/D.A Press)
Evento Nautico Internacional BomBarco show no cota Mil. - (crédito: Pedro Ibarra/CB/D.A Press)

Amantes dos barcos de todo Brasil se encontraram durante quatro dias no clube Cota Mil, na orla do Lago Paranoá. Foi o Internacional Bombarco Show, evento náutico que juntou algumas das maiores empresas de produção de embarcações do país, entusiastas, empresários e políticos da capital e termina neste domingo (13/6).

Com o intuito de fomentar o mercado náutico de Brasília, Marcio Ishihara, idealizador do Bombarco, trouxe o evento para Brasília. Com estandes para a venda de barcos, lanchas e acessórios; uma área aberta com música ao vivo, bebidas e petiscos. Cerca de 30 embarcações de até 55 pés estavam em exposição e disponíveis para test-drive.

  • Evento Nautico Internacional BomBarco show no cota Mil. Otavio Madeira/Divulgação
  • Evento Nautico Internacional BomBarco show no cota Mil. Otavio Madeira/Divulgação
  • Evento Nautico Internacional BomBarco show no cota Mil. Pedro Ibarra/CB
  • Evento Nautico Internacional BomBarco show no cota Mil. Pedro Ibarra/CB

“Centro-Oeste, Nordeste ou Norte, nenhuma dessas regiões teve uma feira náutica desse porte. É a primeira vez na história que está ocorrendo uma feira deste tamanho em águas abrigadas no Brasil”, afirma Marcio Ishihara. Águas abrigadas são rios, lagos, represas e baías, locais com menor trafego de embarcações e, geralmente, mais calmas.

Ele destaca que a escolha da capital foi planejada. Tanto por ser um mercado emergente, uma vez que muitas pessoas têm interesse em barcos para locomoção em lagos, lagoas e rios nas regiões centrais do país; como pela localização e facilidade de acesso a água. “Pensando na geografia do país, Brasília é um ponto estratégico para locomoção. São poucos os lugares como aqui, que você desce do aeroporto e, em 10 minutos, está com o pé na água”, explica.

O resultado do evento foi visto como positivo por Ishihara. Por apostar em formato híbrido o Internacional Bombarco Show alcançou 100 mil pessoas, pelo cálculo da organização, considerando o público presencial e o que acompanhou as lives, que tratavam desde apresentações de barcos até palestras sobre a importância da preservação das águas. “Esse evento, a gente fez com o investimento completamente nosso. Para mostrar para o Distrito Federal e para o governo que é possível. Viemos na mata, abrindo trilha com facão. Em cinco meses, a gente criou isso tudo”, exalta Marcio.

Cuidado com as águas

“Nós, como usuários de barco, dependemos da água para fazer o que gostamos”, avalia Marcio. Ele rechaça críticas de que a navegação polui os mares, pois acredita que os donos de embarcações são os mais preocupados com a causa da poluição das águas. “Nós nos sentimos os mais responsáveis e, com certeza, somos mais amantes da água que qualquer outro. A gente está aqui o dia inteiro, a gente limpa a água, porque é nosso ambiente”, argumenta o idealizador do evento.

Como parte da Internacional Bombarco show, Ishihara se juntou a expositores, donos de barco e membros do staff para limpar as margens do Lago Paranoá, em um local próximo ao Cota Mil. Em uma faixa de terra de 10 metros, Márcio retirou duas sacolas cheias de resíduos de plástico. A iniciativa é realizada em parceria com a família Schurmann, da iniciativa Voz dos Oceanos, que tenta limpar os mares do mundo de dejetos plásticos. “Um dos principais pilares do Bombarco é preservação do ambiente marítimo”, pontua Ishihara.

Antenado nas tendências, Marcio tenta ajudar ao máximo a causa. Ele, que também é conhecido por testar barcos, apresentou no evento veículos híbridas, que usam combustíveis fósseis e energia elétrica. “Limpar não tem fim, o negócio é usar consciente”, defende. “Se tiver água suja, acaba o mercado náutico”, conclui.

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