Universo

Saiba a melhor forma de observar a superlua que aparece nesta terça

O fenômeno ocorreu pela última vez em maio de 2021. Segundo especialista, a lua pode ficar a "apenas" 352 mil km distante de seu observador

Arthur de Souza
postado em 13/06/2022 20:35 / atualizado em 14/06/2022 15:57
Fenômeno volta a acontecer nesta terça-feira (14/6) e terá ápice às 0h — de terça para quarta -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
Fenômeno volta a acontecer nesta terça-feira (14/6) e terá ápice às 0h — de terça para quarta - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

Não se assuste, caso você veja a lua um pouco maior do que o normal nesta terça-feira (14/6). Trata-se de um fenômeno conhecido como superlua, que acontece todos os anos, segundo o membro do Clube de Astronomia de Brasília (CAsB) Maciel Sparrenberger.

O especialista explica que o fenômeno nada mais é do que uma lua cheia normal. A diferença no tamanho ocorre por causa da órbita do satélite natural. “O perigeu, quando a lua está mais perto da Terra, coincidiu com a fase cheia dela”, comenta. “A lua estará 14% maior do que em seu período de apogeu — quando ela está mais longe do nosso planeta”, destaca Sparrenberger.

Sobre o horário da superlua, Maciel conta que ela deve nascer por volta das 18h. “Isso acontece no período de lua cheia. Ela nasce quando está ocorrendo o pôr do sol”, esclarece. O ápice do fenômeno, segundo o especialista, deve ocorrer próximo das 0h — da madrugada da terça para a quarta-feira (15/6).

A distância da lua para os observadores será de 357 mil km, no momento em que ela nascer. Segundo o membro do CAsB, a menor distância deve ficar em torno de 352 mil km. “Isso varia. A órbita da lua pode ser modificada, às vezes, por conta das interações gravitacionais dela com a Terra”, pondera.

Locais para observar

Maciel Sparrenberger afirma que não existe um local ideal para quem deseja assistir ao fenômeno. “Pode ser a Praça do Cruzeiro, o Memorial JK, a beira do Lago Paranoá, a Torre de TV e a Torre Digital. Todos são bons lugares. A melhor referência é no lado oposto onde o sol se põe”, considera. “O ideal mesmo é que o horizonte leste do observador esteja livre. Até a janela do apartamento, se ela estiver virada para o leste, pode ser um bom local”, comenta.

Outra dica do membro do clube de astronomia é para o horário das 21h. “Ir para um local escuro (e seguro) e observar o quanto a lua ilumina o ambiente nesse período, pois ela vai estar maior e 30% mais brilhante do que a menor lua cheia (microlua)”, conclui.

O fotógrafo Léo Caldas, que registra fotos desse evento todo ano, dá referências em três dos pontos citados pelo especialista. “Vai depender, claro, de onde a pessoa está: no Eixo Monumental o sentido comum é de leste a oeste, quase sempre perto do Congresso Nacional, mas varia durante o ano. Dessa vez, a lua vai nascer um palmo à direita do Congresso. No Pontão do Lago Sul, ela surgirá dois palmos à direita da Ponte JK. Na Praça do Cruzeiro, à direita da estátua de Juscelino Kubistchek, no Memorial JK. Vale entender o palmo como medida, com mão esticada, porque nossa mão está sempre com a gente.”, explica.

Serviço

O quê: Superlua;

Quando: Terça-feira (14/6);

Como: Nasce às 18h, com ápice às 00h.

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