tragédia

Homem que morreu após surto psicótico teve assistência, segundo IGES

Segundo o Instituto, apesar de chocante, a conduta de amarrar o paciente em uma maca é necessária, às vezes, até que ocorra o efeito calmante do remédio

Ana Luisa Araujo
postado em 15/06/2022 10:27 / atualizado em 15/06/2022 10:28
Homem amarrado em frente a um supermercado no Gama -  (crédito: Reprodução)
Homem amarrado em frente a um supermercado no Gama - (crédito: Reprodução)

Depois da repercussão do caso em que um homem morreu no Gama, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), depois de ser amarrado a uma maca, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) se pronunciou. Segundo o instituto, em decorrência de agitação psicomotora e extrema agressividade, foi "preciso" conter o paciente mecanicamente, e quem fez a contenção foi o Samu. "Apesar de chocante, tal conduta, por vezes é necessária até o efeito desejado de medicações que controlem a agressividade (contenção química)", informa o IGESDF. (Veja os vídeos abaixo)

 

O instituto ainda informa que ele foi atendido prontamente na UPA, sendo tomadas todas as medidas clínicas para a assistência médica. Conforme informa em nota, o paciente foi admitido na UPA Gama, classificado em laranja e encaminhado para atendimento imediato onde foram administradas medicações e realizado atendimento médico. O homem também apresentava desorientação.

No decorrer do plantão, ele apresentou rebaixamento do nível de consciência (RNC), quadro que teria evoluído para parada cardiorrespiratória, por volta das 1h20, quando foi "prontamente assistido com manobras de reanimação cardio pulmonar" por 56 minutos e intubação pela traqueia. 

"Infelizmente, o paciente evoluiu para o óbito, apesar de todo o esforço da equipe", diz a nota. "Cabe ressaltar que o IGES-DF se solidariza com a dor da família, mas reforça a necessidade das devidas apurações, incluindo o laudo final da necrópsia, para formar uma opinião médica final sobre essa ocorrência, vistos os registros de acontecimentos que antecederam a chegada do paciente à UPA", afirma, sobre os vídeos gravados e divulgados nas redes sociais.

A reportagem tentou contato com os familiares, mas não obteve sucesso.

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