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Morre, aos 88 anos, Naid Tannuri, pioneira em serviços sociais

Naid morreu dormindo, provavelmente em consequência de complicações decorrentes de um AVC. A pioneira esteve muito presente na área de ajuda social em Brasília

Ana Luisa Araujo
postado em 17/06/2022 15:33 / atualizado em 17/06/2022 15:34
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

Morreu, na manhã desta sexta-feira (18/6), Naid Maria Jabour Tannuri, uma das pioneiras em trabalhos sociais no Distrito Federal. Segundo relato de sua filha, Dulce Tannuri, 64 anos, Naid morreu dormindo aos 88 anos. Uma das causas pode ter sido as complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que teve há alguns anos. Conforme explicação de Dulce, desde o incidente, o estado de saúde da mãe piorou e a ativista chegou a fazer hemodiálise.

Naid morava com a filha no Lago Sul desde a morte do marido, Victor Tannuri, e tinha se aposentado do trabalho social há alguns anos. Victor Tannuri é um dos fundadores do Hospital de Base, era dono da Clínica São Bras e veio para Brasília em 1960 ajudar a implementar instituições importantes para a saúde da cidade.

A ativista era formada em letras pela Universidade de Brasília (UnB) e chegou a dar aulas de português e francês. Um dos locais em que lecionou foi a Aliança Francesa. No entanto, conforme conta Dulce, ela sempre optou, como atividade principal, por ajudar o marido nos trabalhos sociais.

“Ela sempre ajudou ele, ela sempre foi muito dedicada. Trabalhou na Casa do Candango, sempre apoiando pessoas que precisam. Posso dizer que ela sempre foi uma pessoa disponível. Quando era convocada, sempre esteve próxima à comunidade fazendo trabalhos sociais”, conta. A professora de português e francês ajudava o marido, que atendia diversas pessoas na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e até na Presidência da República.

Conforme conta a filha de Naid, apesar de já ter parado de trabalhar por “estar muito velhinha”, ela ajudou bastante a cidade com trabalhos sociais pioneiros nos primeiros anos de Brasília. “A Casa do Candango era uma entidade muito forte naquela época que as pessoas procuravam. Nela, estavam esposas de médicos e deputados e todos eles ajudavam muito as outras pessoas”, relata.

O velório ocorrerá às 8h30 da manhã deste sábado (18/7), e o enterro será às 10h, no Campo da Esperança da Asa Sul. A ocasião será aberta ao público.

 

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