Religião

Urna funerária com cinzas humanas é encontrada no Parque de Águas Claras

Urna foi encontrada em área movimentada do parque por donos de cães que levam os bichos para passear por volta das 17h. PCDF tenta contato com família responsável pelas cinzas

Pedro Marra
postado em 24/06/2022 17:46 / atualizado em 24/06/2022 19:40
Urna funerária foi encontrada nesta sexta-feira (24/6) no Parque Ecológico de Águas Claras -  (crédito: Bruno Feittosa/Divulgação)
Urna funerária foi encontrada nesta sexta-feira (24/6) no Parque Ecológico de Águas Claras - (crédito: Bruno Feittosa/Divulgação)

Uma urna funerária com cinzas humanas foi encontrada no gramado do Parque Ecológico de Águas Claras, na tarde desta sexta-feira (24/6), por moradores da região. Uma placa no objeto, colocado em área movimentada, mostra que ali estão as cinzas de uma mulher chamada Tânia Cristina Nascimento de Souza, 62 anos, que morreu em 10 de março de 2021, e foi cremada em 21 do mesmo mês.

  • Urna funerária é encontrada no Parque Ecológico de Águas Claras Gláucia Mansur/Divulgação
  • Urna funerária foi encontrada nesta sexta-feira (24/6) no Parque Ecológico de Águas Claras Bruno Feittosa/Divulgação

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que administra o Parque Ecológico de Águas Claras, confirma que encontrou a urna por volta das 13h. O órgão acrescenta que a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) esteve no local após ser acionada e retirou a urna. O caso está na 21ª DP (Taguatinga Sul).

Em entrevista ao Correio, o delegado-chefe da unidade, Luiz Alexandre Gratão, informou que apreendeu o objeto. “Vamos tentar contato com a família para saber o que aconteceu”, afirma o investigador.

Uma fonte da Arquidiocese de Brasília informou à reportagem que colocar urnas com cinzas humanas fora de cemitérios ou igrejas é proibido pela igreja católica, que costuma oferecer cemitérios para armazenar esse tipo de material. A assessoria de imprensa da instituição religiosa foi procurada pela reportagem, mas ainda não retornou. O espaço segue aberto para manifestações.

Moradora da cidade, a engenheira Cláudia Mansur, 54 anos, foi passear com o cachorro em um local descampado do parque, onde costuma ir com um grupo de amigos, e identificou o objeto, que parecia um frisbee. "Todos os dias, no fim da tarde, a partir das 17h, a gente leva os cachorros para brincarem, e percebemos que ao lado da árvore do lugar onde ficamos tinha alguma coisa enterrada, mas só víamos a parte de cima", relata.

Cláudia afirma que dois dias depois, nesta sexta-feira, o objeto estava desenterrado em volta, e deu para confirmar que se tratava de uma urna funerária. "A gente chegou perto e deu para ver que era uma urna, porque tinha o nome da pessoa, a data de falecimento e a data de cremação", descreve a moradora de Águas Claras.

Veja abaixo um vídeo em que cachorros farejam a urna funerária no Parque Ecológico de Águas Claras.

Regras de conservação de cinzas

Em 25 de outubro de 2016, a Congregação para a Doutrina da Fé divulgou a instrução “Ad resurgendum cum Christo”, que especifica novas regras de conservação das cinzas nos casos de cremação. O documento também traz orientações a respeito da sepultura dos defuntos.

Por norma, o documento da Congregação considera que quaisquer que sejam as motivações que levaram à escolha da cremação do cadáver, as cinzas dos defuntos devem ser conversadas em um lugar sagrado, como cemitério ou, se for o caso, em uma igreja ou um lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade eclesiástica.

Com informações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

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